terça-feira, 30 de agosto de 2011

Andressa responde: uma ex, um coração confuso e uma moça triste

Olá Andressa, primeiramente gostaria que meu nome não fosse divulgado.

Lembrando sempre que nenhum nome é divulgado, gente. Podem enviar o que for, que algum nome em inglês será inserido no lugar do verdadeiro. Aqui, o importante é responder a pergunta de forma sincera e bacana, e nunca de expor quem envia o seu dilema.

De uns dias para cá venho passando por momentos terríveis. Namoro há um certo tempo e meu namoro sempre foi maravilhoso. Ele sempre foi companheiro, atencioso, carinhoso, amável... Eu sempre soube que ele não havia esquecido a ex, pois tinham terminado há pouco tempo.

Perigo. Só acredito em amor-amor quando, desde o começo, conforta dois corações vazios e possibilidade de sentimentos parecidos, nivelados. Essa coisa de um começar gostando de ex, de outra, de outro, enfim: não é comigo, e sempre acaba sendo uma dívida mais pra frente no relacionamento. Reciprocidade é essencial, desde os primeiros momentos da formação de um "casal". Sinceridade, o que houve no caso pelo menos, também, é claro.

O que eu não sabia era que isso iria contribuir extremamente no término ou ao menos no começo das brigas. Eu também havia terminado meu antigo relacionamento na mesma época que ele, mas, diferente dele, eu já estava pronta para viver uma história de amor.

Homens demoram para esquecer, é um fato. Nós mulheres, choramos tudo que temos aqui dentro em forma de lágrima, dor, remorso e tristeza, e em poucas semanas, estamos novas e prontas pra outra(s). Já com os machões, a dor se alastra; os motivos do término quase sempre demoram a ser compreendidos, as lembranças tomam lugar que o futuro, ao lado de quem dê certo e traga felicidade, deveria abrigar. Complicado, mas é por esse mesmo motivo que vemos muito mais caras se arrependendo e correndo atrás quando terminam um relacionamento. Como disse, desde o começo seria bem importante que ele não sentisse mais nada por ela, nem por ninguém, para que o que ele fosse sentir por você fosse saudável, bacana e fortalecido.


Passamos por lindos momentos, inexplicáveis, me sentia mais amada, mais realizada, mais mulher. E ele jurava amor recíproco. Sua ex não morava por aqui, o que contribuia bastante para fluir o relacionamento. Ela nunca foi santa, o traiu, terminou o namoro para ir morar em outro local e recomeçou sua vida. Mais do que evidente que ela não o queria!

Verdade. E é complicado quando o moço parece gostar de sofrer também, se como você diz, ela a fazia tão mal e não contribuía positivamente em praticamente nada na vida dele. Se ela estava longe, ele deveria esquecer ela ainda mais rápido. Mas como não houve aquele tempo em que todo mundo precisa de reclusão e de si  mesmo para voltar a se amar, e depois amar alguém, o rapaz acabou atropelando tudo. Começou a sentir por você algo legal no meio da confusão toda que foi o relacionamento com uma vadia que amava, devastado. Eu compreendo a confusão que o próprio plantou. Tudo que ele precisa é tempo e espaço, para reorganizar a vida, os pensamentos e principalmente, o que sente. Sentir falta e ver pra onde apontam as necessidades emocionais.
 Depois de alguns meses, surgiram os primeiros boatos sobre essa menina. Ela havia começado um relacionamento com alguém de elevado nível financeiro (o que ela e sua família sempre quiseram), havia casado e hoje, espera um baby. Ótima notícia para apagar tudo da memória, estou certa? Mas não foi assim que aconteceu. Meu namorado desandou, perdeu sua identidade, ficou irreconhecível e eu sempre ao seu lado tentando superar esse momento e conquistar novamente o seu coração e o seu pensamento. Mas foi em vão! Ele começou a me deixar de lado, foi descontando seus problemas na bebida, se afundando, perdendo a vontade de viver, de tudo.

Como disse ele não teve o tal tempo necessário e de transição entre "acabei meu namoro" para "posso ser feliz solteiro". Se ele amava mesmo ela, como é o que parece, demora (infelizmente). Mas melhor seria se você o conhecesse puro, novo em folha praticamente para que plantassem juntos algo bonito e com o DNA de vocês dois - sem moscas, fantasmas e sentimentos que ficaram feito páginas escritas lá atrás. Ainda voto no tempo necessário para que ele veja, sozinho, tudo a sua volta; o que anda fazendo, o que sente, quem realmente o gosta. Enfim.

Eu sei que eu posso fazê-lo feliz, talvez até seja considerada uma "burralda", mas quem disse que o amor não nos torna uma pessoa burra? Lógico, espero que você esteja entendendo o que eu estou falando. Falo em uma burrice sadia, não aquela em que seu namorado é o Deus presente na terra. E não é difícil fazê-lo feliz, eu já fiz!

Concordo. Sei que sim, assim como você. Mas sabe quem tem que deixar essa sua felicidade entrar? Ele. E apenas o tal mocinho tem as chaves, os segredos e tudo o que de certa forma facilite o bem que você quer dar a ele de existir, de fato. No momento em que ele se encontra, quanto mais você tentar oferecer felicidade e afins, menos ele vai compreender - e mais: valorizar - que você pode fazer a diferença do lado bom da vida dele. Infelizmente. É o tipo de coisa que a gente só se toca sozinhos.

Já tivemos bons momentos, por que hoje seria diferente? Ele diz gostar de mim, mas não quer continuar o relacionamento porque precisa colocar a cabeça no lugar.

Ele está certo, está preservando você, e agindo com bom senso. Deixa que assim seja. Se ele chegou a gostar de você, se ele for esperto e se der a tal chance, ele volta. É clichê, mas é real. E é, na minha humilde opinião também, o melhor a ser feito. Dê esse tempo necessário ao coitado. Apenas não freie sua vida, continue em frente, toque o barco. A surpresa é muito melhor que a expectativa, vá por mim.

Eu estava disposta a ajudá-lo, assim como sempre ajudei, mas infelizmente essa proposta não foi aceita. Eu estou sofrendo muito, esta sendo mais difícil do que com os outros relacionamentos. E eu não sei o que fazer! Por favor, me ajude com seus conselhos. Desde já, muito obrigada.

Espero ter ajudado, querida. Alguns relacionamentos aparecem na nossa vida apenas para que a gente amadureça. Com dor, com choro, sem compreensão nenhuma do que realmente está acontecendo ali. O que for pra ser, será. Deve estar sendo difícil, mas sabe, confio naquele dito de que Deus só nos dá a cruz que somos capazes de carregar. Deixe que ele voe um pouquinho pra longe, sare as próprias feridas e volte, caso seja essa a direção que a bussola interna dele apontar, até você. Que o seu sentimento por ele é grande, já deve ter notado. Agora é avaliar se é recíproco.

Quer enviar sua pergunta também para que seja respondida aqui no Calmila? Mande para dessagoncalves_@hotmail.com e é só aguardar, lindinho!


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Menos músculo, mais cérebro


As academias cada vez mais lotadas. Em compensação, as livrarias, praticamente vazias. Me admira o pensamento ignorante de alguns seres masculinos em acreditar, realmente, que uma mulher decente que se preze prefere músculos definidos a uma conversa inteligente, descontraída daquele jeito cheio de sacadas rápidas e bem pensadas ou charmosa e progressiva, onde o que se tem a falar não termina nunca e palavra sob palavra, quase constitui-se um vício. Colocam todo o peso possível e nos aparelhos de ginástica, enquanto a concentração para ler um livro, assistir um documentário ou discutir filosoficamente assuntos que envolvam maior rotatividade e atenção cerebral recebem o menor esforço possível. Saúde é importante, legal é ter quem se cuide e se goste ao lado, porém um pedido, quase uma súplica: homens, desenvolvam mais  o cérebro e menos os músculos.
Não precisa usar óculos, basta ver o mundo pela ótica racional e às vezes - por que não? - emocional das situações. Talentos especiais, primorosos e até mesmo únicos são dispensáveis: curiosidade já é o bastante para que, com coragem o conhecimento se alastre. Ler o mínimo que for, e ter estudado o suficiente para querer ser alguém com bagagem nessa vida, essencial também (para que o português continue vivo e longe de qualquer assassinato - e que seja a linguaguem composta por suas conjugações, sílabas fônicas e pontuações, e não o dono da padaria. Possuir o mínimo de inteligência emocional para não ser ignorante ao ponto de tentar caçar o primeiro bumbum lustroso e bem administrado que passar. Muito mais bacana estar com quem não se aliena e sabe discorrer sobre todos os assuntos em pauta mundo à fora do que quem se restringe à academias, complementos, suplementos e alimentação para ficar bombado. Aliás, um segredo: nós mulheres nos interessamos muito pouco por caras extremamente musculosos. Muito pouco mesmo. Vale mais o charme do rapaz com corpo saudável-normal que a camiseta colada-querendo-estourar de quem se preocupa mais com o próprio bíceps do que em conversar algo além das amenidades de vida de cada um.
Inteligência é afrodisíaco sim, saibam os fortões. Bem mais que barriga de tanquinho ou panturrilha enrijecida. Querer estar bem com o próprio corpo, se manter saudável e com uma boa aparência, algo que num primeiro momento ajuda bastante. Contudo, de que adianta uma embalagem tão apetitosa, fortalecida e embelezada, se o conteúdo, quando avaliado mais a fundo prende apenas por poucos minutos? O exibicionismo de camisetas apertadas, golas V e horas e horas na academia não equivalem à um bom filme, um bom livro ou um ótimo diálogo de bases bem fundamentadas e argumentos sólidos, onde os dois saem vencedores de informação - mesmo que a opinião tenha se rendido à do outro. Ser bonito ajuda, mas é ser interessante que define o score final. Há esforços mais compensadores que ganhar um gomo a mais na barriga já definida ou conseguir puxar mais cinco quilos no supino: o olhar dela brilhando, fascinada, em como você pode ser tão lindo de inteligente, e tão salvador de qualquer pátria por se esforçar para não ser apenas um corpinho apreciado que logo também acaba no descarte.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O ministério do bom senso adverte: não seja mais um clichê


 Demoramos para construir uma identidade própria. Um estilo músical com nosso DNA, um jeito de se vestir peculiar, porém nosso. Até mesmo nas frases que falamos, quando muito repetidas, se tornam marca própria, de tão originais. Tentamos, de qualquer modo, sermos diferentes num mundo onde cada vez mais assistimos os indivíduos serem todos iguais. Não sei vocês, mas eu tento. Detesto música de rádio, que todo mundo acaba sabendo a letra de cor de tanto que escuta. Mal uso calça jeans e tênis, adoro peças de roupa garimpadas a dedo para que poucas pessoas tenham igual - e com as combinações que invento, me surpreendo quando aparece alguém parecido comigo. Meu medo de arriscar é pequeno; meu bom senso, nem sempre bem aproveitado. A verdade é que adoro inovações, o diferente me fascina. E quando gente que tem a maior vocação do clichê começa a banalizar os jeitos, as vestes, os ditos, as poses alheias e diferenciais a raiva que nasce aqui é grande. É tão intrínseca a essência de pessoas assim, indescobertas de si mesmas, para que o outro seja um exemplo tão grande a ponto de querer captar o brilho, a modernidade, ímpar sem notar que, ser par é ser apenas uma imitação barata?
Nossas vivências, sempre tão diferentes. Nossa experiência, nunca igualada às demais. Nossos gostos secretos, quando revelados ou causam identificação, ou adoração, ou até mesmo repulsa. O problema se dá em notar a falsidade de quem finge que gosta, para parecer bacana. Sinto ciúme daquilo que sei que soa muito melhor nos meus ouvidos, cai mil vezes melhor no meu corpo, sai com muito mais naturalidade no som da minha voz. Se há a chance de sermos únicos, por que a insistência em nos transformarmos e alienarmos em robôs de elite, pré-fabricados e idênticos à todos esses que rondam as cidades, almoçam em bando, saem do trabalho às 18 horas em seus carros populares? Incompreendo. Devemos buscar a cultura de algum modo para, abrangentes em conhecimento, possamos escolher um modo de causar (ou ser) a diferença.
Para sermos uma lembrança excepcional nas mentes de quem passa por nós e nem sempre fica, autencidade em primeiro lugar. Parar de fugir de si mesmo, largar mão de almejar subir ao pódio da adoração que a sociedade impõe aos diversos clichês, quase personagens, do cotidiano. Daí que quando paramos um pouquinho nossa frenética rotina, pedacinhos da gente se estilhaçam ao redor, como se fosse normal copiar quem cria, plagiar quem escreve e reproduzir quem não se é pelos cantos do mundo.
Preservar o lado excêntrico, a loucura dos detalhes de cada um é lei. Interferir na norma de outros indíviduos que construíram a própria personalidade, grave infração. Que se busque o sonho mais particular, desejos absolutos, minuciosidades inconfundíveis. Esqueça a ordem natural das coisas, dê um basta naquilo que parece mesmo, mas na verdade não é nada. Se permita as estranhezas que também apaixonam, as manias que nos fazem nunca mais esquecer. A mesmice quadrada que vemos por aí enjoa, só de olhar; cair na trama de participar dessa existência singular como coadjuvante, um modo de sobreviver? Cada um de nós nasce original de fábrica. Morrer como mais uma cópia, pra que?

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Andressa responde: A neura da priminha atirada


Eu namoro um cara há 4 anos. Eu o amo e somos o típico casal à la anos 50: temos uma vida inteira planejada, juntos. Eu me sinto bem quando estou com ele e temos uma relação que é o sonho de muitos casais por aí. Enfim, tudo perfeito.
Coisa boa! Casais ao modo antigamente, acho um amor.
Só que no meio desse romancezinho todo, há um dois anos, surgiu uma fulana.
Sempre.
Mas o pior é que não é qualquer fulana: é uma prima dele. No começo eles eram muito amigos mesmo e isso despertou um ciúme louco em mim, até que finalmente terminamos porque ele disse estar confuso sem saber o que sentia por mim ou por ela.
Primos, tudo bem a tal "amizade". Mas enfim, ele não saber o que sente por você ou por ela? Ele é seu namorado, namora com VOCÊ e ficou confuso, certo. E quanto à prima? Primo é primo, é quase o mesmo sangue, gente.
Nessa época, ela era loucamente apaixonada por ele e ainda tenho minhas dúvidas que esse quadro tenha mudado completamente. Uns meses depois, nós voltamos e de lá pra cá ele nunca me deu um motivo sequer para desconfiar que ainda estivesse confuso e que sentisse algo por ela.
Vocês estiveram separados por uns meses, e se voltaram com tudo e sua confiança por ele totalmente em pé, acredito que seja bem difícil eles terem se envolvido de fato. O que pode mesmo acontecer é ela ser louca por ele e encher a paciência de vocês para, por tabela, encher o seu saco. Mulher que não sai do pé de homem comprometido é um porre, além de o casal comentar o quanto é coitada, assina atestado de que não consegue tocar a própria vida.
Mas mesmo assim, não consigo tirar o fantasma da menina da minha vida. Ela não mora no mesmo estado que a gente e vem aqui mais ou menos de ano e ano e, na verdade, eu nunca a tinha visto até esse fim de semana passado. Mesmo assim, sempre nos cutucamos com indiretas infantis pela internet - até mais ou menos um ano atrás, quando eu resolvi dar um basta nisso.
Se eles se veem praticamente anualmente, a preocupação deve ser pouca. Ela mora longe, provavelmente a paixonite é de infância, e né, ela deve ter tédio da própria vida - como todas as vacas que tentam se infiltrar em relacionamentos estáveis, felizes e apaixonados. Quanto às indiretas via internet, não critico. É um porre você saber que a pessoa te "cutuca" sem não poder responder diretamente. Já me rendi, até mesmo - sangue quente, impulsividade, aquela coisa que quando vi, já foi. Não sei se me arrependo, mas achei bastante infantil mesmo, revendo hoje em dia. Ao menos, já passou esse tempo.
Ainda assim, eu não consegui viver sem lembrar dela - chego ao cúmulo de ficar stalkeando a fulana simplesmente para ver se acho algum indício que possa novamente abalar o nosso namoro.

Não deveria se preocupar. Confie no seu namorado à mdoa antiga, e viva sua vida no seu estado federal. Ela está em outro, ao menos. Você pode até mesmo estar pensando nela que está longe, e nem ver o que se passa aí do seu lado, pertinho.

Como eu disse, fim de semana passado ela veio pra cá. Eu entrei em desespero sem saber como agir, porque ela é meio a queridinha da família e eu jamais ia querer gerar uma crise por conta de briga minha com ela. Só que eu meti os pés pelas mãos: ao invés de enfrentar a coisa logo de frente (o que seria o certo a fazer, não?), eu me fiz de louca e fingi que ela nem tava nas reuniões de família que eu fui.
Talvez, você tenha feito o certo. Se preservou, não traiu o que sente em relação à "essazinha", e enfim, não fez a falsa e nem pegou ela pelos cabelos para rolar no chão com o intuito de morte. Não achei errado, não.
Quer dizer, eu poderia ter acabado com esse clima ou ter feito qualquer coisa assim, não? E o pior é que claro que ela não está nem aí, porque se tem essa tensão toda entre a gente, a única que sai prejudicada sou eu. E eu não posso sequer pedir pra ele se afastar dela, porque eles são primos.
A não ser que o contato deles, seja constante. Se te incomoda, dê indiretas sutis, ou dia de uma maneira clara, porém sem agressividade que isso não faz bem a você, e que eles podem se dar bem sem ficar se falando sempre e tudo o mais. Não tenho tal tipo de contato com meus primos, talvez por esse motivo, não compreendo bem esse fato de os dois serem assim, tão próximos como pareceu.
Mas eu também não suporto a ideia de vê-los juntos, nem que seja trocando um ''bom dia''. E por conta disso, eu passei o fim de semana inteiro mudando minha rotina para evitar ficar no mesmo metro quadrado que ela.
Eu faria o mesmo. Ignoro e faço a phynna, foi o melhor a ser feito. Não é fugir, é se preservar. Se ela faz a falsa em bancar a queridinha da família, mas nas costas da parentada dá em cima do primo comprometido, o que esperar de uma piranha dessas? Juro que nem quero imaginar. Se já rolou algo entre eles que seja mais que um clima, menos ainda. Me recuso a conviver com quem me faz mal. Ainda mais no mesmo metro quadrado.
Entende o drama? Eu não sei o que fazer na próxima vez que ela vier, não sei se rendo meu orgulho e acabo com essa tensão de vez, não sei se ela não vai dar nem a mínima se eu fizer isso, não sei se continuo assim, não sei como parar de stalkear a fulana em busca de coisas que só me fazem infeliz... Não sei o que fazer, mesmo mesmo :(
Me dá uma luz?
Claro. Olha, se a tal moça atirada e insuportável veio para cá há pouco tempo, acredito que a tal "próxima vez" vá demorar, certo? Nesse meio tempo, curta o SEU namorado. Se apaixone cada vez mais por ele, faça com que ele continue gostando muito de você também. Esqueça ela. Priorize o amor de vocês, preserve o que vocês sentem e parece ser ótimo e te fazer bem, por favor. Quando ela estiver por vir, converse com ele francamente, sem cobrar ou esbravejar, e diga com o jogo já aberto, aquilo que incomoda quanto à priminha. Meu conselho é de que você tire isso da sua cabeça, e se conversar com ele sem brigar, sendo um amorzinho ajudar, o faça. Agora o que não rola é ter quem amar aí do seu lado e se martirizar pensando em possibilidades com quem está longe (e pode fazer o que faz por pura provocação). Seja superior, a namorada é você.


E você, tem algo que não consegue solucionar, algum dilema improvável, desabafo? Envie para dessagoncalves_@hotmail.com e aguarde para ver no que dá, sua pergunta pode ser publicada aqui também!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Andressa responde: da amiga fortaleza "confusa"



Olá Andressa, tudo bem? É Savanah, estou numa situação bem complicada.
Namoro um garoto, é uma pessoa muito especial, sinto que ele gosta de mim e suas atitudes deixam isso bem explicito, no entanto eu ainda não sei o que sinto.
Mas amiga, aceitou o namoro na indecisão de não saber o que sente? Como assim? Não era forte o suficiente o sentimento para que você dissesse "sim, sim, sim" ao som de passarinhos e coisa e tal, casal feliz naquele-eternamente-que-quase-sempre-acaba? No compreendo.
Esta mesma situação já se repetiu várias vezes nos meus relacionamentos. Sempre tive em mente que se alguém  estava se iludindo e por ventura viesse a se decepcionar na relação, este alguém não seria eu!
Você se relacionou, fingiu uma entrega que não existia, e se resguardou sempre com medo da entrega, certo? Qual a graça de viver sempre na retaguarda, sem nem se arriscar um pouquinho sequer? Você tem as rédeas da situação, sim, mas também a monotonia de não saber como é um amor de verdade.
Meus relacionamentos nunca duraram muito tempo, sempre fui muito estranha e confusa com relação aos meus sentimentos.
Notável. Namorou, mas nunca sentiu mesmo o que era a palavra amor. Não sabia da existência de tal situação até ler seu e-mail.
Vim de uma família com uma relação um pouco desestruturada e logo cedo decidi que não quero que esta mesma cena se repita em minha vida. Foram poucas as vezes que falei sobre isso...
Entendo. Olha, família bem estruturada é o que menos tem por aí hoje em dia. Basta ver o crescente número de divórcios que apenas se somam, cada vez mais. Enfim, ainda acho seu medo injustificável. Vai contar o que para os netos? Que manteve a pose e foi firme, nunca enganada, mas nunca entregue ao que sente? Se permita, menina. O medo é o maior veneno.
Sempre me pego escondendo coisas de mim mesma... E hoje, mais uma vez, sinto que estou escondendo algo!
Daí só você pode saber, certo?
Eu nunca tenho segurança quanto ao que estou sentou sentindo.  Me sinto perdida, sem saber o que fazer, que atitude tomar quanto ao meu namoro..
Acho que se há a tal insegurança, sentimento existe. Basta você liberar um pouquinho desse mesmo, já que seu namorado demonstra que há sentimento. Vá aos poucos, mas não fique guardando sentimento sabe-se lá pra que, a vida é hoje, é agora.
Meu namorado passou quase 2 meses fora, está chegando do Chile hoje a noite... Eu não posso terminar porque tenho medo de fazê-lo sofrer...  Andressa, me ajude!
Mas e você? Não gosta dele? Mesmo? Repense, que a decisão é difícil. Infelizmente, apenas você pode olhar para si mesma, internamente, e descobrir pelos jardins de si mesma as surpresas por trás de cada arbusto, jardim ou plantação. Olhe bem nos olhos dele, e veja se é só medo de perder mesmo o que te faz viver com ele, ou amor, que caso você o perca, você surtaria. Parece difícil, mas na verdade é fácil sim. Apenas reflita, se dê um tempo, e sinta.
O que fazer quando a dúvida e a insegurança nos perseguem e nos deparam no meio-tempo?
Desde já agradeço!
Beeijoos
 Prosseguir. Tocar à diante. Parar, refletir, escolher um caminho com cautela, parcimônia, fé e coragem, e apenas ir. No final, com intuição nas mãos, o caminho certo é o que acabamos tocando. Espero apenas o melhor na resolução da sua situação. Boa sorte! Beijoca

Quer enviar também sua pergunta para que seja respondida por mim, Andressa Gonçalves, e exposta aqui no @dessagoncalvess? Mande suas mazelas para dessagoncalves_@hotmail.com que tento, desse meu jeito sincero até demais, dar uma luz até mesmo pra escuridão mais macabra.

domingo, 21 de agosto de 2011

Saudade, a falta e a hora de dar tchau

 Na hora de dizer "tudo bem, tá na hora de eu ir pra casa", no caminho de volta, pelas sinaleiras que fecham e abrem e tem ele trocando de marcha e os dedos brincando na minha perna quando eu não estou com a mão apoiada na perna dele enquanto dirige, é que já começo a sentir saudade. Ainda estando junto, sem nem ter a missão complicada que é dar tchau com as frases de sempre e prontas sobre o que cada um vai fazer depois dali, sozinhos, é que tento fugir de deixar que entre a nostalgia do fim do dia - que quase sempre, ainda é domingo.
Acho sempre pouco o tempo que temos juntos, mesmo que seja pra respirar, e fechar os olhos, dormir ou não sentir tanto frio, um do lado do outro. Ou ir ao shopping com o intuito de ir ao cinema, e não filme nenhum porque em 3D é mesmo uma porcaria, acabando cada um com uma sacola e um livro jantando comida trash. Revendo, desde sexta-feira à noite, é tudo parte de um filme acelerado onde as situações e coisas, e felicidades e diálogos foram todo completamente por nós bem aproveitados, mesmo agora tendo a rapidez de uma flecha ou raio e carregando a vontade de voltar ali. Em nós pegando o pouco sol que se escondia sobre as nuvens, tapados num único cobertor, e em cadeiras de praia diferentes; assistindo futebol, ou correndo pelas curvas da cidade com você representando a reencarnação do Ayrton Senna.
O que acontece quando tenho que ir embora é que as coisas, sempre tão embelezadas e ainda assim praticamente ofuscadas pela sua (sim) grandessíssima lindeza e charme começam a se tornar simplórias como na verdade são e fico eu desolada e perdida porque não sei me despedir da semana que fecha com você sendo a chave de ouro para que outra comece já brilhando, mesmo que em monotonia. Fico com ciúmes de tudo que vai poder te assistir assim, com desprendimento e autenticidade, tocando violão ou lendo, ou em frente ao computador, sendo a pessoa única que me olha bem dentro dos nossos olhos de cor igual para rir depois, irresistível. Invejo a janela que você toca para abrir e não sou eu, a camiseta que me emprestou para dormir e às vezes você veste, o tigrinho de pelúcia que deve cair às vezes da estante e cai do seu lado, na cama. Eu, que detesto e não sei dar tchau por ter essa imensa fome, sede e necessidade do que me faz bem, chorei aquele dia depois de ver o filme de mulherzinha e ter que voltar pra casa, fingindo ser só rinite ou uma possível gripe. Que nada. Não sei me despedir mesmo, não acho justo que a parte que tem sido melhor da minha vida passe por mim assim tão fugaz, enquanto os dias burocráticos e funcionais se arrastam hora a hora à dentro.
E ter você um pouquinho durante a semana, daquele jeito que apenas aumenta ainda mais a ansiedade para que a gente não se desgrude. Dá um pouquinho de medo da rotina, a última coisa que quero no mundo é que você de mim enjoe - tenho tentado fazer com que não aconteça, mas sendo fiel à mim mesma também. Mas ainda assim, domingo final do dia é a hora fatídica, que desde a sua casa, até o tchau para os seus pais, a descida no elevador e o caminho do carro até que eu pegue as chaves na bolsa, sinto a saudade até então adormecida despertar e feito colchão de ar inflar devagarzinho, para que eu note aos poucos e não enlouqueça (nem surte, nem chore, para que você não se assuste). Se vale? Não, não é válido. Mas acontece. O bom é que as ocupações tem sido grandes e tenhamos nos conseguido encontrar, mesmo em meio aos tantos compromissos, ocupações e responsabilidades. Para que então cheia e completa, imensa, a gente fure essa falta que dá, conserte mas mate de uma vez por todas quando é hora. Eu, que sinto falta do seu dedo mindinho, do seu abraço apertado, dos beijos na ponta do nariz, acho também que te amo. Sim.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Andressa responde: Do começo de uma paixão



Então, aí tem esse cara que me seria dado de presente de aniversário, mas ele já estava "ocupado" (com gente escrota por sinal!) e não rolou nada além dele me add no facebook. Ok, viramos amigos e no face e ele nada. Dias depois tomei coragem (com coca-cola e Kit Kat) e convidei ele pra sair. Ok, ele não podia. Fiquei, então, zilhões de séculos esperando ele entrar em contato, mas isso não aconteceu.

Se ele sabia que era seu "presente de aniversário", poderia ter se dado antes. O chat do Facebook tá aí pra isso: se vocês usam com frequência e se vêem online, ele poderia ter arriscado algo. Quando a gente tem vontade, o sentimento invade. Mas enfim, prossigamos.
  
Me tornei crazy stalker, mas de maneira imperceptível. E os dias passaram. E passaram. E, por acaso o vi numa festa. Foi só por os olhos nele que meus joelhos ficaram fracos e quase cai de cara no chão. Apesar das minha mãos tremerem e suarem um pouco, acendi um Marlboro vermelho. Eu não tinha bebido nada, logo essa reação adversa só podia ser de responsabilidade dele. E foi assim a noite toda. Quando eu o via meus joelhos pareciam gelatina. Então, acidentalmente, ficamos próximos um do outro (dez passos no máximo) e eu vi aqueles incrivelmente lindos olhos azuis. E corri pro banheiro para vomitar. Sim, vomitei de nervosismo.  
Cena de filme. Nunca imaginei coisa dessas, ainda mais sem nem ter bebido nada com álcool. Nervosismo puro, eu diria. Sorte sua ele não ter visto, porque né - caso acontecesse, poderia nunca mais rolar nada (convenhamos que a cena não é das mais agradáveis, né).
Durante as semana duas pessoas disseram que eu estava in love. Não quis acreditar (ou será que não quis admitir?).
Geralmente, não queremos admitir. Para as pessoas ao redor notarem, já devemos estar apaixonados há algum tempinho e tão sob efeito que, nem nos ligamos. Faz parte do tal estado sublime da paixão, né? Hahahaha
Quarta-feira estava ele lindo no chat do facebook. Minha amiga me disse pra ir falar com ele. E fui. E foi fácil e divertido. Ficamos de nos ver na festa de sexta.
Quem não arrisca, não petisca. Se a outra vez fazia algum tempo e você ficava tão na vontade de que acontecesse, por que não fazer com que acontecesse? Achei digno. Ainda mais que o papo foi bacana.
Então chegou sexta. Cheguei cedo na boate. Olhei por tudo, nem sinal dele. Fui fumar e fiz uma amizade. E no exato instante em que ela me puxa pra fora da área de fumantes lá está ele. Nos cumprimentamos e antes que eu possa ver ele sumiu.
Misterioso o moço, heinhô.
Mais uma vez o destino quis me ajudar nessa festa. Fui pedir música pra o DJ. E quando olho para o lado (após descobrir que o DJ não gosta de Joan Jett) vejo meu bonito. E conversamos e ele me deu bebida. E, de novo, ele sumiu.
Como disse, ele curte um mistério. Ou tem medo de gente decente, já que no começo do texto você disse que viu ele com um pessoal escroto e tal.
Eu não deveria, mas já estava feliz com o avanço que tinha dado na festa. Afinal, conversei com ele sem cair no chão ou vomitar! Isso foi um avanço!
Verdade. Se controlar pode ter sido fator decisivo no final das contas (ou não).
Sai da festa e fiquei ali pela frente com uns conhecidos. Achava que meu bonito já tinha ido embora. Nunca estive mais errado. Logo saiu ele com uma amiga e foram ali fazer social conosco. Quando eu reuni coragem o suficiente para me virar pra ele e falar em particular, ele já tinha entrado de novo. Me irritei e prometi que não sairia mais dali enquanto não falasse o que tinha pra falar.
Definitivamente, ele é o sr. Mistério. Não sei se teria eu, Camila Paier, paciência para ficar esperando que ele ficasse ao invés de sumir. Moço escorregadio além de bonito, hein!
Fiquei uma hora mais ou menos esperando, de papo com o pessoal. Então ele sai da festa (com amigos like everrrrrrr). me oferece um cigarro. Pergunta se eu não quero ir a outra festa (isso umas 6:30 da manhã). Digo que não. Ele diz "tchau".
Houve alguma insistência da parte dele? Ele que foi falar? Pra que diabos sair de uma festa às 6h30 da manhã para ir pra OUTRA? Gente maluca.
Nisso chega uma amiga com um cara. Ele me diz: se é importante pra ti, vai atrás dele e fala o que tu tem pra dizer. Então saio eu correndo pela rua até alcançá-lo.
Compreensível. Quando algo é REALMENTE importante pra gente, correr atrás (mesmo que literalmente, como parece ter ocorrido no seu caso) é quase que uma necessidade. Espero só que o moço não tenha dado uma olhadinha para trás e notado de repente seu desespero, porque né. Mas que coisa mais de filme e tipo "é-minha-última-chance-correrei-desesperadamente-atrás-do-amor-da-minha-vida". Digno!
E digo: "Sabe, tu me deve uma"
Ele: "Pelo quê?"
Eu: "Pelo meu aniversário. Não sei se tu sabe, mas tu era meu presente"
(chegamos na frente da outra festa)
Ele: "E tu quer teu presente agora?"
Eu: "Eu quero presentes sempre"
E nos beijamos. Não sei dizer quanto tempo durou, mas sei que chão é terra se confundiram e o mundo despareceu.
Amei a última frase. Como se mais nada em volta existisse, como se o mundo fosse de vocês e enfim, quanta paixão. Torço daqui que seja recíproca, de verdade. Ousada a sua atitude, ganhou um presente e tanto - mesmo que, atrasado. Espero que o amor também responda chamada e marque presença!
Ele perguntou se eu não ia entrar nesta outra festa. Preferi não. Estava morto de cansado (24hs acordado).
Detalhe: pessoas saem de uma festa às 6h30 da matina. Entra em outra que é pertinho logo depois. Que horas será que cansam e vão para casa dormir como as pessoas normais? 11 horas da manhã, será?
Quanto ao fato de ele estar com você e ainda assim querer entrar em outra festa, cuidado: ele convidou você, mas isso não garantia nada quanto ao fato de dentro da buatchy vocês permanecerem juntos. Boa sua escolha de não entrar na festa, porém, não anula o fato de ele ter sensualizado com as tais pessoas malucas e incansáveis como ele.
Ele entrou. virei as costas para fazer meu caminho de volta. E eu chorava e ria e nunca. E ainda choro e rio com coisas boas, músicas e qualquer coisa quer me lembre ele.
Paixão em estado puro. Sublime, forte, que mexe com humor e ânimos e acenda aquela vontade toda. Coragem pra viver, cautela para aguentar tal estado; e ver se é coisa que dá e passa mesmo, ou fica e se torna amor.
Minhas perguntas pra você Andressa são:
- Você acredita em destino?
Acredito, sim. Deve haver alguma força maior, alguém que escreva linhas mesmo que tortas, nos mova como pecinhas nesse tabuleiro extenso e que nem parece muito que é o mundo. Aquelas pequenas coisinhas que acontecem sem motivo, sem explicação e como mágica são o que mais me faz crer que nem tudo - ou quase nada, no caso - é por acaso.
- Qual deve ser meu próximo passo?
Esperar, infelizmente. É terrível, é tortuoso, a sociedade é mesmo cruel, porém o seu interesse é tão claro quanto luz acesa e nítido quanto foto de câmera semi-profissional. Se houver interesse da parte dele, for recíproco e bom, invista, vá fundo, se permita viver o presente. Porém, dê o tempo necessário para que as coisas ocorram. Não se jogue num abismo que pode contar lá embaixo uma mola ou um colchão de ar, mas também nada e deixar você destroçado. Observe, e espere. Não se iluda, seja frio e racional - começos requerem que nos amemos, e muito, em primeiro lugar.
- Você acha que eu estou amando?
Amando, não. Amar é forte, tanto quanto a tal frase "eu te amo". Amor é outra coisa, como dizem por aí. Para mim, amor é convivência, admiração mesmo com intimidade, defeitos, erros. Construído por dois. Existente e notável após situações adversas vividas em conjunto e que demonstram que ali tem sentimento forte, tem laço durável e nunca indisfeito. Acho que você vive em estado de paixão, e que este, se alimentado, cuidado com carinho e etc. e tal, em dobro, em dupla e em duo; pelos dois, com tempo e detalhes amáveis, se torna então amor.

Quer tirar sua dúvida? Necessita de uma visão crítica, forte e autêntica quando a algo que para você está insolucionável? Mande para dessagoncalves_@hotmail.com e basta aguardar, ora pois!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Stalkers, o virtual exacerbado e a falta do real


Todo mundo tem um crazy stalker. Ou é totally-absolutely-crazy stalker de alguém. A verdade é que a privacidade no mundo atual inexiste. Você espirra, e a amiga da ex do seu namorado vê. E já repassa a informação com aquele aumento básico de que você estava com pneumonia e passou isso pra todos que estavam em volta. Você se abaixa rapidinho, e sem querer aquele seu colega pervertido visualiza uma calcinha vermelha que na imaginação fértil, desocupada e suja do indivíduo era pequena e transparente também. A vida do outro deixou de ser meramente interessante para se tornar uma prioridade em termos de conhecimento, informação e detalhes.
Falta tanto cuidar de dentro, da gente, das flores e jardins internos que acabamos pisoteando a própria grama sem nem notar - de tanto que zanzamos e borboleteamos por aí para subir os muros e olhar por entre as frestras o quintal desses tantos vizinhos que as redes sociais possibilitam. Amores platônicos se multiplicam. Exemplo (como os que dei até agora, diga-se de passagem - se me perseguem, noto que são poucas as criaturas): você vê o cara. Acha ele gato, e aquela coisa toda. Descobre que estuda isso e aquilo, com aquele não sei outro que você conhece de vista e com a sua prima de 2º grau. Logo depois, vem a saber o nome do moço. Sem nem nunca ter conversado ou qualquer contato maior que apenas dois pares de olhos, se sabe que o gosto musical bate, ele costuma ir em algumas festas que você vai, e detesta sorvete (é tudo exemplo, não existe quem deteste sorvete - embora, eu mesma seja estranha e tenha um pavor danado de melancia).
E a mesma coisa ocorre conosco. Podem nos ver, ir atrás da informação, conseguir com alguém o furo e enfim, sabem até que nosso avô esteve no hospital semana passada e do desejo gritante de morar sozinha. Estamos todos nós plantados em gramas e com muros desfalecidos, tamanha a curiosidade alheia que fazemos nós questão de alimentar. Fulaninho e cicraniha acabaram. Mesmo? Ontem vi eles juntos. Tantas fotos e frases e redes sociais e mensagens de celular que fica complicado até mesmo sentir saudade. Falta do que? O espírito virtual está ali; embora não virtuoso, presente. Abraço de dia dos pais hoje em dia é SMS. Cartão Postal há muito tempo é e-mail, e atualmente, tá mais pra foto postada no Facebook (com direito à marcaçãozinha escrota nos amigos).
Ser stalker atualmente anda facílimo. Quer-se descobrir, basta ir atrás. Algumas clicadas depois, lá está você sabendo que aquela quenga que detesta conhece o seu ex e mira no mesmo cara que você (como sempre, óbvio). Se querem descobrir se aquele seu amigo vai ao local X, passam a seguir (algumas vezes, literalmente) você - quando não se fazem de amiguinhas. A superficialidade anda grande, o que apenas agrava o online e nos corta possibilidades de construir o que é real, com gosto de gente e toque de carne, osso, e sangue nas veias. Beijos de boa noite andam em falta. Abraços apertados no meio do aperto das obviedades insuportáveis do dia-a-dia, escassos. Mãos dadas se tornaram o falar o dia inteiro, seja por computador ou telefone celular. Sabendo ainda assim que nada substitui o olho do outro infiltrado na gente, os dedos geografando cada pedacinho de pele que eriça os pelos, as unhas de leve nas costas, insistimos na praticidade dessa conexão limitada que se intensifica quando o ao vivo entra em cena. Prefiro mil vezes ser observada pelos estranhos na rua e sentir outro peito que pula ao meu lado ao texto que parte do cérebro que pensa na gente e do corpo que produz tal ação. Brechas no meio do caos urbano: necessárias para que não se deixe falhar ou subestimar as tão importantes ligações humanas sentimentais. Ainda que espiados e à espreita, em cores. E caras e bocas e o jeito único das pessoas com o sutil poder de nos encantar.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Andressa responde: Da amizade sem confiança




Andressa, que bom que se disponibilizasse pra ajudar as pessoas, muito bonito da tua parte. Pois então, a minha pergunta é em relação a amizade.

De nada, acho bastante válido que as pessoas tenham um espaço - no caso, meu e-mail - para quem quiser arriscar uma pergunta bem feita, que o faça. Prometo responder com minha habitual sinceridade de sempre. E amizade é algo que mal abordamos por aqui, desde o começo curti a inovada quanto aos temas a serem abordados.

Ano passado entrei na faculdade e no primeiro dia de aula já mantive uma comunicação com a Charlotte, a qual é uma das minhas (poucas) melhores amigas. O problema é que essa amizade já tem um ano e meio e eu ainda me sinto totalmente insegura em contar algumas coisas pra ela, tais como coisas sobre minha vida, sobre o que eu sinto...

Ou você é uma pessoa bem fechada mesmo, ou não rolou uma confiança mútua desde o princípio. Ou pior: em um ano e meio a moça teve atitudes tão contraditórias que, não inspiraram mesmo a sua confiança. Complicado.

O que mais me deixa chateada é que ela me conta TUDO, e sinto que ela confia em mim, e claro, tem coisas minhas que ela sabe e são guardadas a sete chaves, mas outras, bem mais profundas, eu não falo pra ela, e as vezes ela me cobra pelo fato de eu ser tão fechada com ela.

Cobrar já é péssimo da parte dela. Vocês não namoram, nem firmaram contrato nenhum. Contudo, se ela cobra, é porque nota que você não se abre, ou acaba (como uma corna) descobrindo depois, por outras pessoas. Porém, jeito é jeito. Se você demora pra adquirir confiança e se resguarda (o que é muito inteligente da sua parte, diga-se se passagem - preciso aprender), é porque ao longo do tempo e das suas vivências o seu mundo interno e suas relações desse jeito foram se adequando. Você não é obrigada a mudar por uma amizade. Ela que entenda essa grande diferença entre vocês.

Nós fazemos faculdade de Psicologia, ou seja, todo estudante de Psicologia tem que gostar de OBSERVAR, ANALISAR, essas coisas. E é disso que não gosto, pois ela é ''meio'' controladora, sinto isso algumas vezes, quando falo pra ela algum defeito meu, e mais tarde ela nota e fala: ''bem que tu disse que tu era assim''. Sinto que se eu me abrir mais ela pode usar isso contra mim, não pelo lado ruim, mas porque ela realmente percebe, e eu não gosto que me analisem, porque evito fazer isso com os outros. Acho feio analisar e ainda por cima ficar ditando comportamentos, ''inventando'' teoria pra tudo.

Eu concordo. Sinto pavor de quem tenta me colocar "na linha", cabresto ou ditar suas próprias regras, para o MEU mundo. É um pé no saco gente querendo se infiltrar no que nós vivemos e tentar ficar jogando sete erros onde a gente acha - e às vezes está - acertando. Ela observa, você também. O problema é que a língua dela parece ser muito mais ferina que a sua, e o limite da amizade de vocês, na sua visão, ela extrapola. Cabe a você não contar mais nada, apenas assuntos sutis e futilidades ou quebrar o pau de vez. Mas limitar essa boca grande que tanto tem a irritado.

A questão é: não confio em alguém que confia tanto em mim, e acredito que devia ser mais aberta com ela, porque sei que ela é minha amiga, mas eu não consigo deixar esse medo de lado. Muitas vezes penso que se eu contasse algum problema sério pra ela, ela me ajudaria, pois as poucas vezes que me abri com ela, ouvi os conselhos mais sensatos possíveis. Ela é uma boa amiga, e além de tudo, confia em mim, sinto isso dela, sinto o olhar de sinceridade ao me contar as coisas, mas ela é meio carente, ou seja, tudo que faz necessita que eu faça junto, e às vezes isso me sufoca, pois não me abro pra conversar com outras colegas da aula, muitas vezes por causa dela. Sinto que ela dá muito valor à minha amizade, e sinto também que não estou retribuindo da mesma forma. A ''real'' é que me sinto presa a uma amizade pelo fato de ela querer saber tudo da minha vida, quando tem coisas que eu guardo só pra mim - o que muitas vezes ela não consegue entender.

Não há muito o que fazer. Você é de um modo, ela funciona de outro. Ela não irá mudar, assim como você não deve. Amigo a gente compreende e aceita, não questiona. Ou às vezes questiona, porém, com discernimento, e caso vocês já tenham conversado sobre esse impasse, só resta a ela compreender. Se nem isso for possível, se afaste um pouco. Somos seres humanos e temos um cérebro que conforta aprendizados, erros, catástrofes, traumas, momentos marcantes: coisas totalmente nossas, da nossa caixinha interna de vida. Como DNA, cada uma é unica.

O que acho que acontece é que eu NUNCA tive uma amizade em que me dessem tanto valor assim, que me quizessem sempre por perto, geralmente eu era quem corria atrás, a que contava tudo, a que fazia de tudo pra agradar etc. Hoje sinto que isso reverteu.

Ou vai ver, pela primeira vez, alguém te dá TANTO valor que não deixa você valorizar um pouco também em troca. É complicado, mas é a mesma coisa quando a gente quer muito quem não nos quer. Basta um tempinho longe, uma saudadezinha qualquer, que se há mesmo um sentimento bacana, a coisa toda disperta e o valor retona de algum buraco, cinzas ou fundo falso de bolso.

Gosto muito dela, senti falta dela nas férias, ela me alegra, me faz rir, me faz eu me sentir uma pessoa melhor, mas não consigo demonstrar os meus sentimentos. Confesso que tenho medo.

Não sei se é justificável esse seu medo. Do quê? De que ela seja um ser vivo e real e com defeitos também? Não compreendi bem, acredito eu. Vá em frente. Entregue um pouco de você pra ver o que ela faz com essa matéria prima sua: se estilhaça, propaga ou guarda bem guardadinho como você diz guardar esses seus segredos e medos e neuras e enfim.

Então, a questão é que não esta havendo uma reciprocidade da minha parte, tenho esse medo de confiar demais e depois quebrar a cara (como acontece na maioria dos meus relacionamentos). Sei que é errado ficar comparando as relações antigas, mas enfim... Queria uma opinião tua, qual a tua visão disto tudo. Eu estou agindo de forma errada com ela?

Obrigada pela atenção. Beijos
Confie aos poucos. Confie na medida certa: sem exagero, mas sem ser em falta. Vai que a Charlotte é uma boa amiga - contato que, um pouco enérgica sim - mas de bom coração, e você aí cheia de medos porque ela acha ser a dona da verdade e do mundo? Tudo bem dosado e homeopaticamente, tudo numa boa. Nisso que eu creio.


Quer enviar sua pergunta também? Prometo anonimato, que claro, aqui ninguém é doente. Mudo nomes, respondo sincera e talvez te ajude. Envie para: dessagoncalves_@hotmail.com e caso esteja coerente e bem escritinha, basta aguardar que sai respondida aqui, sim.
Beijocas!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Herói


Nem Capitão América, Super-Homem, ou Lanterna Verde. O meu herói favorito apareceu na hora certa antes que desistisse eu de acreditar que podia ser mocinha e salva desse tédio todo que era a minha vida sem a adrenalina que ele trouxe junto que é gostar com correspondência certa e remetente exatos: aos poucos, os dois. Simétricos em sentimento, desiguais em quase nada. Daí que surgiu ele sabe-se lá de onde pronto para resgatar a minha felicidade e a parte colorida desses meus dias que são normais quando não tem tanto dele, e perfeitos, quando ele aparece ao vivo. Talvez justo quando fosse eu cair naquele clichê das meninas infelizes que não encontraram quem valesse a pena - mesmo penando a procurar, há tempos na busca - e se desbaratinam desvalorizadas, adquirindo prontamente aquela atitude-masculina-clichê-promíscua em troca de direitos iguais que na verdade não existem, não no mundo de hoje, não na sociedade em que vivemos. Sabemos também: é vazio. Voltam pra casa mais incompletas, menos mulheres e totalmente vazias, querendo apenas ter quem as tire do limbo que deve ser fingir gostar de ter vários, mas na verdade mesmo, não possuir nenhum.
Ele é quem tem tirado o risco que tenho na metade do nariz do mundo artificial das maquiagens, captado meus brincos e tarrachinhas desses chãos pisoteados por aí com seu olhar observador e servido meu prato acatando aos "mais" ou "pouquinho" ou "não tanto" que mio da cadeira ao lado, quando a missão se resume em matar a fome (ainda não a do mundo, mas a nossa) - e que ele, claro, cumpre mil vezes melhor e em maior quantidade que a senhorita que aqui redige. Sem nome complicado, ou alusão à animal (raposa, quem sabe?), mas apenas aquele apelido que chamo e se resume em apenas uma palavra, diminutiva do seu sobrenome, e meu diagnóstico do mundo como um local a ser habitável, sem medo dos enormes perigos e riscos aos quais sucetíveis estamos diariamente. Nada de capa voadora ou roupa justinha: é você com a camisa do trabalho, ou algum dos moletons do seu cabide - que mais parece árvore, aos meus olhos embriagados - quem livra o mundo de ver apenas o que é feio para de repente avistar ali a sua beleza despreocupada, e ainda assim presente.
Nem nave, teias que conectam prédios ou batmóvel, mas que quando você liga pra que eu desça porque está chegando e eu espero alguns minutinhos, vale a pena: que quando o seu carro para o cenario se transformar gradualmente no único lugar onde eu sei que realmente estou segura e salva do caos urbano que tenta nos engolir. Continue sendo ele o meu motivo maior pra rir no meio de uma ou outra desgraça que apareça no meio do caminho, prossiga sendo o único herói capaz de espantar lados ruins, neuras e sintoma de estabilidade. Voe apenas sobre quatro rodas, me tire do sério para me elevar ao nível de mansa e nada feroz quando ao seu lado. Que ele capte as frases desconexas que falo enquanto durmo, cuide para que qualquer possível gripe que se anuncia corra pra longe, abra aquele sorriso depois de alguns segundos de silêncio para que eu sorria um pouco também. Meu herói favorito tem o dia atribulado, me vê quando pode, e ainda assim, me livra de tudo quanto é mal.
O seu silêncio primeiro aumenta minha loucura, apenas para depois, logo na sequência, com o seu abraço extirpar qualquer vestígio do que possa realmente me enlouquecer – e não seja charme ou um drama à toa.
Meio que por telepatia, muitas vezes lê o que penso ou faz justamente o que eu imaginaria ser perfeito. É nessa sintonia que talvez ando precisando tanto ser salva e solta desses tantos apuros, e de repente, me apareceu e tem surgido para me surpreender quem me isente de qualquer possível infelicidade. Quando quiser, assim que precisar, quando perto do nocivo: que eu o chame. E eu que só digo: lindo, lindo, lindo.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O romântico

Esqueçam o loiro de olhos azuis e pele bronzeada, nem sequer imaginem o moreno alto, bonito e sensual. Sabe quem é o objeto de desejo feminino, o afrodisíaco essencial, o alvo que eu, a moça da locadora de filmes, minhas amigas e até mesmo da irmãzinha menor que ainda nem sabe o que é o amor, em silêncio? O romântico.
Sim, parece clichê, soa idiota, quem sabe até, previsível. Mas falo daquele cara que vive o romance de forma tão fantasiosa que não tem relógio pra cuidar a hora, nem vergonha de desejar tanto e que todos vejam, e que o mundo sinta essa imensidão caótica que é atravessar os dias dentro de um sentimento poderoso qualquer (que valha a pena, claro).
Todo homem já fez o papel do tal moço romântico algum dia. Então, basta resgatar a memória, ler por entre sinais, ou simplesmente fazer com que fale: houve trauma, ou aceitação? Observar é importante, calar e deixar a voz esvair quando em períodos propícios, idem. Se as flores foram bem aceitas, as mensagens foram respondidas, e as cartas de amor, surpreendidas positivamente: bravo! - há chances de se renascer o romantismo que já brotou ali, e pela dita cuja outra qualquer morreu, murchou; há possibilidade de salvação do mundo de meros mortais que ainda se alimentam de superficialidades insatisfeitas.
O problema é quando o contrário se fez presente e agora fica o medo tremendo de um passado em que se pareceu bobo e apaixonado, pra nada. Um romântico tão sensível e enrustido que demorará até voltar a acender velas para o jantar ou ver a lua na janela do quarto, em dupla, em conjuntos: dois. Cabe ir aos poucos e sem pressão. Valorizar cada pequeno gesto, que sim, é um avanço. Até mesmo comemorar. Porque o romântico incurável é todo ele, é sempre ele, é com você, as ex-namoradas, e quem sabe, as futuras. Já o romântico com cura mas que anda perdido pelo mundo de ficar por entre várias e não ser realmente nunca de nenhuma só espera, mas não diz, no silêncio dos papos sem propósito e nem cabimento das vadiazinhas dessas festas qualquer que a gente vai pra quando quer rir um pouco.
Contudo, é o romântico o homem capaz de nos despertar a inveja daquela amiga que anda com um cara que tá bem afim dela e não nega, nem esconde, nem nada por aí. A total falta de desprendimento, o ato de andar do lado de fora da rua, emprestar casaco, aquecer as mãos, demonstrar afeto em público com orgulho - e não vergonha ou medo de opinião alheia furada, como quase sempre é. O olho do romance plantado no centro do olho masculino que mira apenas como alvo ela, a musa, a gata, a linda, a sua: mulher única, que todas nós, em segredo, queremos demais ser. Porque o romântico esse, valoriza. Perder é fora de cogitação. Tanto amor de forma bem canalizada (esqueça o babacas e os melosos, falo de quem surpreende com aquela declaração ou mensagem no fim de noite. De quem se preocupe caso você suma um dia inteiro sucumbida pelo mundo do business) que se dá graças a Deus de hoje em dia ver homem assim desfilar por aí. Tendência é ser apaixonado, ser machão e negar sentimento já caiu por terra e hoje em dia é o caminho mais curto para solidão e afastamentos. Quer conquistar? Dê de sim, demonstre, surpreenda. Tem faltado tanto amor no mundo, que custa um pouco de intensidade que deixe os outros se roendo de tanta inveja? Qual o medo de se abrir a quem, mulher que é, já deve estar tão afim e ansiosa para saber se o gostar do outro é mesmo bastante e vale a pena investir ali todas as emoções encouraçadas e de nobreza que é ter em quem pensar no final do dia, como refúgio de paz, mesmo que longe, do outro lado da cidade, do mundo.
Mas não apenas diga. As atitudes importam. Os sumiços inexistem. Se quer estar junto, mesmo que numa mesma tela de computador. Se envia flores ou mesmo liga-se por motivo nenhum, porque a voz é um pedacinho do ao vivo que o telefone nos possibilita.
Sejam românticos, por favor. Pra que a gente não tenha que notar nos casais alheios, em volta na praia ou no meio do supermercado porque tanta ostentação ali, tanto sentimento, e aqui a dúvida de se sentir sozinha pode existir. Mesmo que esporadicamente, mesmo que, de vez em quando. Contudo, prepare aquele piquenique no qual ela tanto acha brega, mas gostaria de fazer no próximo domingo. Faça uma serenata com violão na mão, mesmo que não cante e seja ela, a única espectadora. Leve a lugares que nunca foi, escreva um bilhetinho qualquer para que veja ela perdido na bolsa, mais tarde. Aniquile a insegurança, não dê espaço ou vácuo para que paranóias se estabeleçam. Trace rotas, sonhem em dobro, durma abraçado. Do seu jeito, que a faça sentir única, ainda que não a primeira. Tímido, extravagante, talvez piegas (um pouco só, bem pouco pra que não haja enjoo ao longo do percurso). Abrace forte, adentrem juntos o tal inferno que é mesmo gostar do outro e entregar não só o corpo, mas mesmo a alma, pra que haja um cuidado dobrado ali. Ser o romântico é um aprendizado que a cada relacionamento, se há mesmo sentimento, vale a pena ser aprendido. Aprendam, de uma vez por todas!