sexta-feira, 30 de março de 2012

Sonilóquio


Tá, amor, vamos dormir. Ok. Mas me dá boa noite antes. Um beijinho. Mais um, não incomodo mais. (...). Não consigo. Ai, tô hiperativa. Sei lá, sempre me deixa elétrica a hora em que preciso cair no sono só que não vem. Ao invés de contar carneirinhos, numero de trás pra frente os problemas, as contas, as provas, os afazeres. Lembra aquele dia que a gente dormiu abraçado, e eu tive um susto no meio da noite em que era tu, só que não era tu? E daí tu me abraçou ainda mais forte e disse que tudo bem, e deu, como sempre, os mil beijinhos. Alguns no ar, desperdício. Eu gosto. Tá, paro de me mexer. Balançar a perna. Revirar o lençol. Mudar cinco vezes de posição pra depois ficar dois minutos em alguma escolhida pra trocar e trocar de novo. Deu. Agora sim, boa noite. Mas...Escutou esse barulho de ET? Hein, amor? Eu sei que não é nada, não deve ser, mas. Me protege. Eu to com frio agora. Sim, eu podia fechar os olhos bem apertado e começar a viajar dentro desses mil e um pensamentos, mas não consigo. Ele não desliga. É, o cérebro. Saco esses cachorros, isso não é hora de latir, não acha? Ah, eu acho. Já tá dormindo. Eu sei. Só não consigo. Eu vou ficar quietinha agora. Pronto. Nem é tão difícil, não. Me faz um cafuné que eu durmo. Carinho na mão também vale. Cura eu de ser assim sempre inapropriada, me ajuda. Vou olhar uma tevê e já volto, pra ver se pego no sono. Ler um livro. Ou vou nada. Preguiça. Esquenta meus pézinhos nos teus. Deixa eu subir o morrinho do teu peito pra deitar a cabeça mais confortavelmente. Dá a mão. Me cansa. Tá. Te amo. Mais.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Menos eu


Houve um dia que desejei profundo: quero ser menos eu. Um pouco menos essa intensidade que rompe laços, desfaz atritos, afasta pra reaproximar. Mais fácil ser o mínimo possível de toda uma personalidade fortíssima - uma diminuição nos embates, poucas preocupações, maior aceitação, score em ibope recorde. Quem me dera desprezar um tanto de mim, para que muito dessa minha boca que só fala e não pensa, da minha opinião radical e extrema se dissipe junto com suor, exame de sangue, corte de cabelo ou qualquer coisa que me faça diminuta ao invés de assim completa sempre transbordando de anti-heroísmo.

Reduzir tantas reações espasmódicas, incongruentes ao cinismo das pessoas. Fazer com que dessas minhas falhas, dos agudos defeitos, não um poço de preguiça alheia do mundo, mas sim uma chance pra que se adcione tolerância. Não dá pra achar 80% de tudo uma bela droga, porque a massa é crítica, e achar quem se sintonize aos nossos gostos, dificílimo. Não pode pensar diferente e ter princípios, não. Ser imoral é que é a nova moralidade. Nos obrigam a aceitar uma pá de música ruim, filme de mal gosto, e programa de índio, porque conforme a cultura popular "isso é conviver". Tem que ser tudo levinho pra que gente de estômago mais fraco que a cabeça consiga digerir. Tem é que enfiar pela goela abaixo gente força, gente escrota e que não emite opinião nenhuma porque simplesmente não tem porque senão o papel de vilã cai como uma luva. Difícil mesmo é que as máscaras se esvaiam junto.

Chega a dar certa agonia sobreviver submersa em tamanha intensidade. Mas dá pé, sim. Precisa de fôlego também. Só quem vive de sandice é capaz de se aventurar. Parece que ser do jeitinho que a gente sabe é um crime. Conviver com as excentricidades que vem de fábrica, um crime. Precisa ou desde cedo se acostumar com poses, interesses escusos ou qualquer babaquice do gênero. É só você ter alguma atitude nessa vida e um senso crítico apurado que o resto do mundo parece se armar com desconfiança e tratamentos sem nenhum jeito, sinceridade nula. Todos relevam, todos aceitam, todos exploram, todos fingem, todos ignoram. Menos eu. Menos, menos, menos, menina. Bem menos e quase nada que não dá praexpor muito de si. Há corvos por toda a parte e à solta.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Aeróbica amorosa



Muitos enganados estão os que amam e acham que, só por firmar um compromisso, deixar a liberdade (ou pouco) de lado ou cuidar da dieta direitinho todo santo dia a fim de não embarangar. Não. O negócio é exercitar every sin...gle day e manter o pique (e a paciência) sempre ativos para que não se deixe inerciar o relacionamento.

Assim como tomar um bom banho, se deslocar pela cidade, e alimentar o corpo direitinho, a prática apenas aperfeiçoa o afeto: tonificar a conversa é importante, treinar a insegurança para que não apareça quase nunca e medir as palavras fazem parte da rotina de alguns dos exercícios de quem ama e não quer deixar que fique sedentário sentimento tão bonito. Revigorar as qualidades do outro é importante, ensaiar surpresas às vezes, milagroso. Experimentar sempre novas e cada vez mais criativas modalidades renova as células sentimentais - quase tudo se faz válido quando em prol do bem comum. E é um tal de respirar profundo de vez em quando, engolir certas palavras, pensar muito antes de agir, reforçar o carinho nas horas ruins, ativar todos os mecanismos para concentrar só nas coisas boas.

Nadar sempre de acordo com a maré do outro, ritmados. Ingerir apenas o bom de momentos tão significativos, o melhor daquilo que se é vivenciado à dois. E lembrar sempre que, mesmo depois de alguma lesão ou outra (ocasionais, mas recorrentes em que se faz praticante dessas práticas de amar alguém e querer manter vivo o que se sente), vem a recuperação: mesmo lenta, importantíssima. Atentos a que mal nenhum consiga agravar o caso, vigentes em mimar e tentar sempre compreender o porque ocorrido pra que, tão cedo, não se repita.

Ingerir complementos com doses valiosas de confiança, respeito, amor próprio, liberdade e cumplicidade. Correr rápido e pra longe de todo e qualquer papo paranóico, texto maldoso e gente que ao invés de jogar pra cima, só sabe abaixar a moral alheia. Um, dois, três, e beijo demorado no elevador. Três, quatro, cinco, cafuné no sofá assistindo televisão. Sete, oito, nove, e antes de brigar por motivos fúteis, falar calma e pausadamente; escutar como quem realmente acredita, e tentar. Uma série de mensagens trocadas ao longo do dia, e pausa para sentir uma saudadezinha pequena e adrenalina por entre os músculos e veias. Outra série de carinho ao vivo, alternada a alguns dias só consigo mesmo, para que a rotina não se instaure e estrague o treino.

Na aeróbica amorosa, o importante é não desanimar: que com as dores do começo, a gente aprende. E fazer falta com frequência quando se deveria comparecer com ambição é apenas acúmulo adiposo desses que se resolvem só bem de vez em quando e com trabalho dobrado (lipoaspirar a mágoa nem sempre faz com que não retorne, assim como a gordura). Então: felizes aqueles que se matricularam no árduo treinamento de se gostar a cada dia mais. Motivação em dobro, benefícios a longo prazo, serotonina à flor de duas peles que se encontram. Assim como um corpão de dar inveja, sob os moldes e padrões juntos dos dois, o tal do amor. Tudo lindo.

terça-feira, 27 de março de 2012

Toque dele



Coloca um armário abaixo para achar possíveis peças para passar um final de semana. Nada parece servir, tudo é figurinha repetida onde se é quase a boneca de papel montada sempre na esperança de conseguir o impecável, parecer a...inda linda e sem perder a pose e o possível brilho nos olhos sem maquiagem alguma ao acordar ou antes mesmo de dormir. A arrumação é quase sempre detalhada: pijama, biquíni, blusas e saias, shorts e vestidos, alguma meia-calça. Sapatilha, rasteirinha, às vezes salto alto. E, pronto: tudo combinado para que as crises de falta de roupa e aparência desprezível não se façam presentes. Praticamente todas as peças num comum acordo onde cores, cortes e tecidos assinaram contrato de garantia ao bem sentir com qualquer mistura de panos e texturas sob o corpo por dois ou três dias. Ou não.

Mas é nas roupas dele que se encontra um conforto mais para viver cheia de uma espontaneidade contagiante. Incrível como pijama nenhum faz ter melhor noite de bons sonhos como a camiseta macia dele, mesmo às vezes usada. Ou o de mangas compridas e calça no começo do outono, porque sempre se gripa assim que muda a estação e ainda assim ouvir o quanto estou “bonitinha”. É colocar um cinto emprestado para segurar o short, devido ao meu esquecimento de sempre e me sentir tão segura quando abraçada depois de dois ou três dias de saudade. Vestir os chinelos brancos de ficar em casa e praticamente pisar nas nuvens – não tem vestido sensual, sapatão poderoso e nem mesmo roupa curinga que me faça sentir tão melhor que qualquer outra mulher no planeta, mais magra que top model de ponta, mais bonita que capa de revista.


Um toque em mim e não é preciso anel no dedo, colar com inicial ou tatuagem: estando quentinha dentro do moletom grande demais, ou protegida com o tênis emprestado de última hora porque não levamos os calçados adequados. É quase vestir a capa do nosso super herói favorito, ou pegar no ar a lembrancinha de algum famoso que todo mundo sempre quis e, finalmente, a gente com orgulho carrega por aí. Mania boyfriend que a moda adotou, e nós mulheres, nem tanto adoramos em função da modernidade que agrega, mas sim muito mais pelo cheirinho do outro que fica. Um escudo contra a inveja alheia, um pedacinho do outro que fazemos uso, acessório do mais alto luxo nessas sentimentalidades do mundo moderno. Um passar de cabeça pelo moletom fofinho, fantasiada do masculino que se escolheu pra chamar de seu, e sentir-se gata com direito a dono e uma constante sensação de segurança que só quem veste (literalmente) a camisa do relacionamento possui.
.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Da burrice à depressão


Ok, vocês acabaram. Muita dos sonhos que foram planejados em conjunto tiveram que ser refeitos, as rotas de ida e volta parecem sempre poluídas de lembranças lindas (mas que na verdade nem eram tanto) daquilo que p...arecia ser o amor perfeito, e mesmo com tantas brigas, o baque foi grande: a recuperação demorará, avisa a força de vontade. O sorvete, o chocolate, e um nó no estômago dão agora o sabor incrédulo de quem ficou também com a sensação de derrota. O cobertor quentinho troca de lugar com quem deveria compartilhá-lo, as ruas quando vazias lembram um filme dramático onde a felicidade passa longe e escutar músicas dramáticas com letras tórridas para se afunilar ainda mais a faca no peito tornou-se hobby. Como sobreviver com tanta tristeza no peito?

Ver a morte de um amor é complicado. Nunca encontrar algo que se torne sólido para constituir sentimento, mas ainda. Sobreviver sob o empunho de uma bandeira onde a felicidade primeiro é solitária para depois ser dupla também não é fácil. Porém, noto que algumas pessoas caem numa depressão burra onde fica cada vez mais tumultuoso sair: esquecem as amigas, perseguem o ex, recusam convites diurnos, fazem as escolhas erradas e se embananam cada vez mais num comportamento estranho e distante porque acham que o mundo foi (ou continua sendo) cruel quando deveria dar um abraço. Fica fácil invejar a amiga com um relacionamento que antes julgava bem mais ou menos, sair por aí pegando qualquer coisa, para no domingo ficar o dia inteiro de pijama, refletindo sobre a vida enquanto a agonia do choro é uma constante a cada fim de final de semana.


Chega a dar revolta assistir a tal autodepredação. A tanta desculpa pro que nem ao menos deveria existir. Pro desmerecimento de si mesma só para caber no que qualquer outra pessoa queira: assim, de graça, sem recibo nem nota, muito menos garantia. Pra cair na mesma história um zilhão de vezes e ouvir das amigas todos aqueles conselhos repetidos que não pratica vez alguma. Ciclo vicioso de um alto que dura segundos enquanto o baixo, baixíssimo, se arrasta dias a dentro. Dá um pouco de pena, mas chega uma hora em que ou se aprende um pouco sobre como sobreviver em meio à selvageria humana, ou a decepção é cada vez mais profunda. Digo da falta de esperteza quando há outras alternativas, existe família e dias ensolarados, piscina e amigas, passeios diurnos e um pensamento que foque só naquilo que vale a pena.

Porque é de mulheres inteligentes e bem-sucedidas que conseguem destaque e no resto dos fatores importantes se dão bem que eu falo. Porém, quando se trata de relacionamento, quando o afeto traz consigo intimidade, o é coeficiente zero, o grau é mínimo em se tratando de inteligência emocional, valorização e um pouco de bom senso. E se perguntam sempre e cada vez mais por que elas, por que agora, por que tudo. Quando, na prática, precisam vivenciar a resposta ao invés de questionar repetidamente. Abrir a mente e fazer entrar uma boa quantia de amor próprio e respeito a si mesma, com certeza não faz mal a ninguém.

domingo, 18 de março de 2012

Ir embora




Necessidade de fuga quando tudo não dá tão certo como calculara: no impulso, ir embora. Sumir. Zarpar, distanciar, afastar de si mesma uma felicidade com arranhões. Sempre aquele resquício de culpa por tentar acertar demais e, i...ncerta, cair nas armadilhas de erros desproporcionais. Ir embora era sempre a alternativa pra deixar que a vida determinasse o rumo ou qualquer ação inesperada de quem não sabe o que fazer com a frustração que fica quando tudo destrilha de um caminho bom e feliz pra dramática cena de querer tocar a campainha e entrar de novo só pra ver se com algum tipo de magia tudo fica intacto novamente.

Saia de casas – no plural mesmo, porque não durava muito em tudo quanto era canto – deixava empregos, queria muito mudar o que estudava e se deixava adaptar a poucas pessoas. Deixava muito pelo caminho, mas se empolgava mesmo é com os inícios: colecionava metades e amava o nascer do sol, contrariando o resto dos habitantes que ficavam mesmo sem querer e diziam que ver um sol se pôr tem a beleza de um fim de dia. Nunca quis realmente deixar por aí hiatos inacabados, sentimentos feridos ou qualquer mera semelhança que pode ser configurada como coincidência – mas não é, as pessoas julgam. Tampouco compreendia aquela necessidade que saltava da boca afirmando que, talvez fosse melhor resolver tudo num outro dia, numa outra hora, em qualquer momento onde a cabeça estivesse muito mais fria, deixando o papel de quente apenas para as mãos e o coração.

Ameaçava partir porque desejava sempre um pedido para ficar, um último beijo que a fizesse mudar de ideia, uma aparência um pouco triste que encorajasse a vontade dormente de fazer um café, conversar horas, revirar os planos, levar as malas para cima, jogar a chave do carro na primeira estante a vista e com culpa, sem pena, e muita vontade vivesse de uma intensidade que nunca mais a quisesse fazer sentir vontade de fechar a porta, do lado de fora. Sem maldade, como alguma mania burra e a ferir quem não entendia muito bem, até porque a própria desconhecia o motivo de tanta autopreservação.

Mulher, quando avisa a saída é porque anseia por sua última opção se fazer capaz de sair correndo contra o tempo numa noite chuvosa onde nem sempre é inverno mas a frieza do outro a deixe quase congelada. Fazer com que sente na cama, quem sabe chore um pouco, coloque um pijama, mas fique é altamente necessário. Quando carrega em si a certeza de ir, apenas caminha rumo ao que der e vir assim que pisar na rua. Porque quase nunca tem volta. Não como era, não como ela gostaria, não como os filmes meia boca sobre amor de Hollywood nos cegam. Era difícil permanecer muito mais porque não sabia como do que por vontade. Secretamente, deseja aceitar de tudo, calar um pouco a opinião, não ser assim tão tudo na cara porque já saíra outra vezes, só que agora não: era diferente, e por mais que achasse querer, não gostaria de fato. Chegar às vias, impossível. Tinha ele a doma exata pra que aquela frescura toda diminuísse, se dissolvesse assim como as bases capengas daquela frase apressada de sempre, irrealíssima.

De repente começou a nascer nela uma vontade bastarda de que ficasse sim, recebesse cafuné deitada num sofá, contasse histórias da infância e achasse o colo do outro o melhor lugar do mundo. Vez ou outra um espasmo louco de quem surta ocasionalmente pra se manter sã ataca e o bug já conhecido de quem não consegue dormir brigada, se fere com silêncios em brigas ridículas por motivos bobos e fala que vai só para ouvir "fique" acontece, é falha humana. A rota de fuga, contudo mudou: agora, a toda vez que tem como obrigação ir contra a própria vontade, chora. Sem meio termo nenhum, que ela assina as próprias multas, gosta cada vez mais de ficar, detesta ir e já sabe que mesmo a pior despedida ocorre quando a saudade já pré-fabricada assim por ser indesejada: gigante até que se chegue uma próxima vez.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Que seu melhor amigo seja o seu amor



Enquanto faltam alguns metros pra que a gente se alcance, é possível avistar o sorriso que vai se abrindo feito sol quando é de manhãzinha e as nuvens colaboram. Desligamos a poucos minutos no celular, mas mesmo depois de quase sempre, a tensão de chegar pertinho ficando um dia ou dois longe palpita feito tamborim: não sei se é sistole nem diástole, acho mesmo qu...e é a ansiedade de quase sempre com efeito aumentado, fruto do tanto que quero ele longe e ainda mais quando posso agarrar praticamente o que de melhor o mundo me proporciona com meus dez dedinhos afobados.

Depois passa rápido a conjunção entre beijar apertado, abraçar meio sem jeito - mas forte - e sair de mãos dadas pra qualquer lugar onde não esteja calor demais, nem frio de rachar. Contar todos os detalhes já antes titulados se importantes ao longo do dia, mas não feitos de forma tão minuciosa. Rir sempre, e de qualquer lembrança que tope em meio ao assunto ou ocorra no caminho. Poder compartilhar um silêncio ou outro, mesmo que em algumas sinaleiras debruce o queixo sob o ombro que dirige o volante, saber que a intimidade cresce com o passar dos dias e não cabe enganação, não existe nojo e muito menos tédio é sorrir feliz cada vez que perguntam porque ando distraída, olho tanto para horizontes ou simplesmente os olhinhos brilham quando falo em amor.

Num olhar que pode atravessar uma sala cheia de gente, centenas de centímetros de distância ou instantes de tensão, é fácil telepatizar e encontrar ele me olhando como quem decifra antes mesmo que eu me resuma a pensar. Combinar os detalhes para o próximo final de semana, planejar um futuro no qual a gente nem mesmo sabe que existe - mas que é inevitável, sonhar pra que cinco, dez anos passem correndo tem tornado a realidade ainda mais encantadora, a cada dia. Tendo as particularidades acertadas, algumas concessões feitas, e uma grande amizade que nos permite um amor sincero e real, de algumas brigas mas de um bem inestimável quando resolve que é dia de paz. Porque além ter escolhido a dedo um namorado, faça questão de que este também seja o seu melhor amigo.

Que seu melhor amigo seja sim, o seu amor, eu disse esses dias. Sem arrependimento nenhum, porque eu sinto e logo precisa sair daqui do peito e das ideias pra tomar vida própria. Até porque, só aumenta a intensidade aqui. Enquanto ele faz o fogo e eu lavo e corto a salada, foge junto comigo pra não tão longe mas pra onde a gente consiga ser tão nós mesmos que é impossível não ir embora sorrindo ou simplesmente me levanta quase no colo numa festa onde toca música ruim, é sentir se aumentado em cada ato de ternura proporcionado. Mesmo que haja mosquitos, nada de muito bom na televisão, o latido dos cachorros lá fora ou comece a chover enquanto a ideia inicial era torrar o bronzeado do verão todo num único dia de piscina. Debaixo das sete chaves do meu peito, entre as primeiras pessoas que penso em contar as coisas boas que me acontecem, no meio dessa bagunça que tem se tornado a minha trajetória mundana, é ali que ele está: vindo na minha direção numa noite qualquer pra me levar pra passear um pouco onde o mundo se torna repentinamente bonito e a realidade desaparece.

Desde a minha força quando tudo vai mal, ao colo exato onde saberei que posso de vez em quando ser mimada e diminuir um pouco, pequenininha, ele que nem sempre pensaeá como eu, mas tem me ensinado um bocado sobre essa loucura que é a vida - e aprendido um pouco comigo, um tanto quando diferente, também - é que vale a pena num final de noite suado onde pensar não cabe mais de tanto que já foi o resto dia. Só quero um banho, qualquer coisa pra comer, e paz. E ele, e um filme, ou horas gastas antes de dormir com conversas esquisitas onde a gente se diverte falando sobre gostos em comum, discutindo acerca de opiniões nem sempre concordantes ou mesmo ouvindo a rádio de jazz e soul pelo computador e comentando o quanto era engraçado quando ainda não éramos tão cúmplices, mas desde lá, felizes construindo a solidez que tem essa paixão que ainda não morreu nem deve, mas que cada vez mais é amor.

terça-feira, 13 de março de 2012

Meu amor por gente louca


Lista de aniversário. Um daqueles momentos únicos no ano em que a gente pensa quem convida, quem fica de fora, quem iria, e quem, por mais que a gente quisesse muito, ia preferir fazer qualquer outro programa que ...não uma tarde num sítio afastado da civilização e cerveja, piscina, pouca roupa e afins. Sou de raros amigos de verdade, mas de um afeto muito grande por cada um desses personagens inigualáveis que escolho para continuar a novela interminável que é completar anos e ter tantos outros pela frente ainda (espero eu). Conclusão: eu amo gente louca. Ferramentas para: ser também um tanto quanto fora do normal. Resultado: é praticamente indivíduos de tal cunho que atraio.

A verdade é que eu amo quem se arrisque a sair dos padrões que a sociedade praticamente nos faz engolir. Abasteço meu afeto furtivo por quem se arrisca e não pede passagem, se joga e nem avalia o tamanho da queda. Esqueçam aquele estereótipo todo certinho e que, quando bebe se acha o louco da balada. Ou criaturas tão estranhas que seja impossível desenvolver qualquer conversa bem entendida e não tediosa. A minha paixão cresce ao grau de estranheza: use roupas marcantes, possua uma voz varrida e um comportamento incomum. Ideias malucas me fazem sentir apego, assim como gostos desatinados e um olhar daqueles que a gente sabe que pode divagar sobre quase tudo que imaginação não falta: a excentricidade me alucina. Claro que, alguns bons queridos íntimos e normalizados, centrados e cheios de esforço, são essenciais. Fazem com que eu queira ir em frente, deseja ser mais e ainda melhor: acredite na minha capacidade própria de poder ser mil em um milhão sem forçar a força habitual que tanto treino. Mas no campo camarada da coisa, é em quem delira que eu aposto todas as minhas fichas.

Do meu restrito ciclo de amizades, os que mais me identifico são os mais improváveis. Rola às vezes alguma discussão acalorada de opiniões sempre ferrenhas, conselhos sem pé, nem cabeça e muito menos racionalidade ditos por quem vive sem limites, manias esquisitas e qualquer coisa de anormalidade que ajude a contar o capítulo da história do outro também sendo escrita. É sempre de embates filosóficos com bons amigos que saem enxurradas de ideias proveitosas e muitos pensamentos interligados que conectam em algumas outras, meio sem querer - até então, despertas.

Esqueçam hipsters, drogaditos, gente que se acha super descolada e é motivo de piada, pensantes de carteirinha ou qualquer estereotipo que remeta loucura. Aceitar que loucos somos todos nós, é também, disparidade: a quantidade de tédio que algumas pessoas nos proporcionam é absurda. Por mais lindas, politizadas, inteligentes ou assertivas, um marasmo de ideias, nada que realmente nos marque um dia, faça lembrar antes de dormir ou dê vontade de sair contando aos quatro ventos. Que o que vale mesmo é que acelere o pensamento e faça fluir esse universo imaginário onde inconsciente e subconsciente se encontram de vez em quando - se é que não são os mesmos. Ter quem dê corda em nossas vontades (ainda) dormentes significa no fundo, muito. E é dessa insensatez em forma de companhia que eu não abro mão.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Desmedida



Eu tenho aquela mente de quem age uma, duas vezes para só depois filtrar o ocorrido e repassar as falas das repetidas cenas que poderiam ter ocorrido, mas, me faltou inteligência no calor do momento. Nunca deixei de admitir a mi...nha espontaneidade, por vezes, dificultosa de ser compreendida. Possuidora de uma cara que passa, naturalmente, brabeza e a voz alta de quem quer falar, mas acaba resultando num quase grito ordenoso, quando descuido os modos e esqueço a delicadeza sei que é fácil perceber o quanto às vezes me falta um pouco de noção.

A menina que não sabia brincar. Desde pequena, sempre procurei responder à altura. Uma pena que extrapolasse qualquer limite suportável e conseguisse atingir em cheio pontos fracos, egos imensos ou a farsa forçada daqueles que ficam na eterna dúvida de que personalidade vestir para cada ocasião e pessoas. Nem sempre fiz da sutileza minha melhor amiga, e do bom senso, um truque de mágica: é que preciso às vezes ser brutal porque não aguento por muito tempo viver sem algum tipo de transparência. Se é ódio a sensação da vez, é complicado me frear a ponto de que alguma patada não escape. Desprezo e o eterno olhar de soslaio, quase de olhos revirados. Ter opinião pra tudo, algumas vezes minha salvação, me jogou de vez em quando pro fundo de um poço próprio que não sabe calar a boca ou escolher os segundos exatos onde deve entrar a legenda – falar o impróprio em hora mais errada ainda é o tiro da culatra que volta e, quase sempre, atinge em cheio a mim mesma.

Enrubeço de uma raiva cega para, uma praticamente meia hora depois querer morrer em meio aos remédios, tamanho o remorso de ser assim tão momentânea. Ter mantido o contrato vigente com essa versão borrada de mim mesma que faz chorar mais tarde por agir conforme essa transgressão interna e confusa que me faz parecer louca e grosseira quando na verdade é pura autenticidade disfarçada. Acho um saco que me obriguem a aceitar gente que não desce, situações por pura educação ou qualquer outra babaquice que vá contra a minha linha de pensamento – tão modificada, tão contestada, mas agora por mim aceita e ponto final. Chamem Joselita, chamem de chutadora oficial de baldes, onça quando no cio ou super sincera: de fábrica e com esse defeito que dá pane quando bem entende, surta quando decide e volta ao normal instantaneamente, em questão de segundos. Noção pra que mesmo quando se tem personalidade?

terça-feira, 6 de março de 2012

Mil perdões

Olha, releva essa minha loucura inoportuna. Tem dias que a lua de tão cheia, me acerta quase completamente, e além de fazer o cabelo ter vida própria, faz com que o humor ser torne caleidoscópico. Noutros, é nada mais que uma junção de alguns minutos que, me fazendo divagar distante, trazem de volta para alguma realidade plausível. Desculpa esses meus choros desmedidos, que ocorrem sempre sem porque nem hora certa, mas de certa forma lavam a alma e me aliviam da existência de mim mesma - densa, enérgica, às vezes, caótica. Absolve essa minha veemência em precisar tanto do melhor que tenho (você), da carência de algumas tardes vazias onde o telefone não vibra, da chatice de todo o resto do universo, enquanto estamos ocupados com um montão de coisas que fazem bem pouco sentido assim que a gente se vê.

Dá um desconto pelos pisões no pé quando na minha frente na escada, aos discursos quando algum assunto acalora minhas ideias, àquela vez em que chamei de brincadeirinha de "cara chato" de tanto rir, as cócegas ainda ofegando qualquer outras palavras que desejassem escapar. Poupa minhas vontades, de vez em quando, intempestivas e excêntricas. O cobertor (ou lençol) que te roubo furtivamente, para ficar tapada até a cabeça. As reclamações disfarçadas de manha, quando todo o meu desejo é o seu colo macio e um cafuné nos cabelos. Perdoa todas as rotas de fuga que tracei em vão, e que, com um simples olhar seu, me fizeram sentir a pior pessoa a existir no presente. Dispensa de qualquer punição o grude dengoso da minha carência que às vezes arruína toda a pose de independente e bem entendida que carrego durante o dia inteiro. Inocenta o meu medo de quase tudo, minha opinião sempre carregada de uma intensidade polvorosa, a impulsividade que passa sem filtro entre mente e fala, e sem pestanejar, diz.

Anistia a minha culpa, justifica a minha confusão, isenta a minha brabeza, escusa essas minhas falhas de quem erra mesmo sem querer, atrás de um sucessão de vitórias. Educa esse meu comportamento genioso que aparece sem avisar com uma frase qualquer sincera onde você diz que gosta ou do meu pézinho torto, das frases inesperadas, ou mesmo da carinha de braba, presente sempre quando algo desagrada. Desobriga o meu desespero em ser sozinha, acalenta aquele mimo que eu tanto peço e que cala num só abraço bem apertado e que demore praticamente a vida a garotinha assustada e que, de tanto que quer sempre um pouco mais de amor, vezenquando, erra. Orgulhosa com alvará e tudo e argumentista quase que por profissão, eu que nunca peço, agora tenho praticamente implorado (a arrogância morre com o que a gente sente): mil perdões: me perdoa, amor.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Andressa responde: Casar, morar juntos ou simplesmente, viver?



Andressa, você é muito talentosa, curto demais seus textos. Justamente por este seu talento todo é que venho te pedir uma opinião de amiga pra amiga (apesar de não sermos).

Claro, menina. Vamos lá então.

Primeiro de tudo, alguns adendos: namoro há quase quatro anos; ambos temos 19 anos; fazemos faculdade (faltam 2 anos pra cada, terminar); ele trabalha, por enquanto eu não; vamos ao cinema todo sábado; dormimos juntos uma vez a duas vezes por semana; temos uma certa rotina, mas não vemos problema nenhum nisso, somos dois românticos caseiros incuráveis (hehe) e, até a aí tudo bem, concorda?

Concordo, sim. Parece ser um relacionamento bem saudável. Ainda mais por ter durado quatro anos. O ritmo de vida dos dois é parecidos, se vêem com uma rotina boa de sábados e afins, e ok: é um namoro como qualquer outro que está dando certo. Até aqui, tudo ótimo.

Porém, o problema é justamente este: por sermos tão caseiros e tal, nossos pais acham que devemos arrumar logo "nossa vida" (leia-se: devemos ficar noivos, comprar uma casa e blá, blá, blá). Para eles, namoramos há uma eternidade e temos uma certa intimidade, por isso deveríamos "ajeitar" a nossas vidas - sem nem ao menos perguntar o que achamos da ideia.

É uma ideia consensual dos pais do casal? Poxa, acho meio triste esse pensamento retrógrado. Vocês são super novos para pensar em qualquer coisa seríssima. Estão bem assim, e evoluindo aos poucos, como os melhores relacionamentos devem crescer. Pressa pra quê? Pra daqui três ou quatro anos a pressão ser "um netinho"? Quem namora são vocês dois, e não os quatro genitores de ambos. Essa vida de estudo-trabalho cansa também, e pelo amor de deus: não estamos mais na década de 50, onde mulher que ia morar junto tinha que seguir "as normas da sociedade" e noivar, pra depois casar e, só então, viver com o amado. Façam o que VOCÊS tiverem vontade e deu. Ponto.

E não, definitivamente, não é isso que queremos. Queremos viajar primeiro, viver muitos anos juntos, construir uma vida legal antes disso tudo, sabe? Não na base de obrigações. Nem grávida estou, e pela nossa vontade - e se tudo der certo - demorará muitos longos anos para que isso aconteça.

Vocês estão é certos, sabe? Claro, dá uma vontade de viver juntinho sempre, rola aquele aperto na hora de dar tchau e uma eforia desmedida e ansiosa sempre que vamos nos ver a cada dois ou três dias separados. Mas, ás vezes (e, principalmente, na nossa idade) é isso que mantém aceso relacionamentos. Eu acho que as fases da vida de cada um devem andar alinhadas ao que temos como prioridade e nossas vontades. Então, viagem muito, curtam bastante um ao outro, sintam-se livres dessas obrigações passadas de estilo de vida e que muito pouco tem a ver com a modernidade dos dias de hoje. Preservar o amor que vocês tem com paciência e parcimônia é que deve ser a maior preocupação aí. Deixar que os pais se metam demais é um erro, o amadurecimento da relação tem que vir de vocês, oras.

Por isso, peço a sua opinião: já que somos maiores de idade e temos uma graninha, seria sensato arrumar um lugar bacana pra morar (seja alugar uma casa, por exemplo), e esperar toda a revolta familiar do "morar antes de casar"( isso porque já dormimos debaixo do mesmo teto sob o consentimento de todos da casa), ou sucumbir a vontade deles, do "casar pra depois morar" e dançar conforme a música, sem confrontações, sem gritaria, sem chororô?

Olha, tu perguntou pra uma revoltada de carteirinha. Não ajo conforme o que os outros esperam. Vou levando o barco conforme eu, e com quem me relaciono, desejarmos. Acho que vocês devem fazer o que bem entender e o que, a dupla romântica, achar melhor, né. Pensa comigo: quem sabe de vocês, são os dois. E não pai, mãe, tio, papagaio, irmão ou seja lá quem. Se vocês querem morar juntos, ver no que dá, pode ser válido mesmo. Com a grana de vocês, tentar é uma alternativa bacana, se vocês almejam algo mais sério pra logo mesmo. Agora, sucumbir a vontade alheia pode ser um veneno lento ao bom do que vocês tem. A convivência diária é muito mais intensa que se ver de dias em dias. E pra tomar uma decisão dessas, é preciso ter ao menos uma grande certeza, coisa que parece não ser o caso de vocês. Essa é a minha opinião. Converse com o gato, e se ele estiver na mesma frequência, deem um jeito de frear essa vontade louca dos pais de vocês, ou simplesmente não deem ouvido. Um dia a ficha deles cai. Toda boa sorte do mundo e muito amor procês dois, lindona!

Quer enviar o seu dilema/pergunta/desabafo pra mim também? Escreve linda pra dessagoncalves_@hotmail.com que daí, é só aguardar!

quinta-feira, 1 de março de 2012

As mais grotescas atitudes masculinas:


As mina REALMENTE pira, quando:

- Vocês somem por horas: Isso não se faz com o coração de uma jovem (ou nem tanto) moça. Se vocês descobrissem pelo menos metade dos nossos horripilantes pensamentos e minhocas que criam aqui na cuca com esses desaparecimentos sem aviso prévio, aposto que acabavam. Desde traição, até acidente e morte, a gente prefere saber bonitinho onde vocês estão, se vão demorar e a que horas aproximadamente, chegam (mesmo que fiquemos brabas por demorar tanto).

- Não respondem mensagens: Se nós deixamos de responder um mísero torpedo por estar sem crédito no celular ou ter visto tarde demais, vocês enviam outros mil, enlouquecidos. Quando somos nós, logo tacham de "chatas", "grudentas" e "noiadas". Responder custa só o preço de uma SMS e nosso agradecimento sempre vem com um sorrisão e algum agradinho, pensem nisso.

- Olham para outras descaradamente: A gente sabe que tem muita menina bonita por aí, mas não precisa que vocês atestem isso com algum longo e fixo olhar para o corpinho que passa. Discrição, nesse quesito, faz sim milagre!

- Mudam de humor repentinamente: De repente, nos beijam, fazem juras de amor e confessam que adoram o nosso jeitinho de ser. Dois minutos depois, ficam pensativos por horas, mal nos tocam e muito menos falam, respondendo com murmúrios trôpegos de quem nem queria na verdade. Não dá pra entender, meninos. Andam pegando nossa TPM emprestada, é isso?

- Julgam nossas roupas: Depois de horas revirando o armário e experimentando de cinco a dez modelitos até se achar bem o bastante para sair de casa, escutamos frases como "bem estranha essa sua blusa" ou "por que você veio com esse short?", com aquele olhar reprovador que só vocês, homens, sabem aplicar e uma esfriadinha no humor que nos faz sentir mal em se sentir bonita. Relembrem: não reclamamos de regatas, sungas ou roupas de dormir que vocês às vezes saem com a gente na rua porque "não estão nem aí". Com o tempo, até achar bonitinho a gente aprende. Vale o exercício, meninos.

- Dão papo para mulheres do passado: Assim como adicionar nas redes sociais todas as ex-peguetes e ex-namoradas, ou ainda falar com as jabiracas porque "são legais e agora, suas amigas". Façam-nos o favor, hein! Se é com a gente já tem muito mimimi, então pensem: se tá no passado, é porque, com toda a certeza, tem motivo. Cuidem é de nós, musas do presente e de uma felicidade então possível para o futuro, tchê!

- Mudam na frente dos amigos, agindo com frieza: Já nos damos o trabalho de estar no meio de um monte de macho enquanto preferíamos estar tomando café após fazer compras com as amigas, certo? Ao menos preocupem-se em fazer com que nos sintamos bem. Não deixem de nos abraçar, pegar nossas mãos, apertar ou dar um beijo só porque os amiguinhos vão pensar que você tá todo in love. Macho mesmo ama e nem tá pro resto do bando, chegando até a causar inveja ao amigo solteirão invicto, que ao ver um amor bacana e tal, se sente é solitário.

- Riem das nossas colocações numa discussão ou chamam de "louca": Se somos tão doentes mentais, por que estão com a gente então? Pensar duas vezes antes de usar sentenças como "sempre", "nunca" ou "é" numa briga ajuda horrores. Antes de falar filtrar pela mente, idem. A briga geralmente termina, mas na nossa cabeça, frases mal colocadas podem se abrigar por semanas.

- Esquecerem da nossa existência durante todo o dia: Sabemos que vocês se matam no trabalho, vão para a academia, almoçam com os amigos e ainda tem a faculdade. Fica difícil mesmo até respirar, claro. Mas e dois minutinhos para digitar uma mensagem (seja on-line - e-mail, Facebook, Twitter, MSN) ou via SMS, não rola? Com certeza nos faria pular de alegria até pisando em merda na rua com algo do gênero, ainda mais inesperadamente. Remember us!

- Nos beijarem pouco: Ao longo do relacionamento, deixar de dar aqueles beijos de tirar o fôlego que no começo faziam toda a diferença é um baita erro. Acabamos nos sentindo menos amadas e meio prostitutas, believe me. Ou seja: nos beijem sempre, nos beijem muito, mesmo depois de comer a gente aceita esse ato verdadeiro de quem ama mesmo.

- Ou, simplesmente, a falta de atitude em si: Nenhuma de nós merece um cara que, não liga, não manda mensagem, não beija, não briga, não discute e nem sai com os próprios amigos. Que, além de não correr atrás, não corre na nossa frente ou de nós. Pensar duas vezes e agir uma costuma ser o melhor a se fazer. Não ser um sedentário emocional, idem. Portanto: exercitem, guris, a arte de estar num relacionamento e curtir todos os dias cada pedacinho delicioso de descobrir cada vez mais alguém. Cuidado diário é essencial!