sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Andressa responde: Não, você não é psicopata.



 Olá Andressa, tudo bem? Bom, vamos logo ao que interessa, sem muitos rodeios.
Peço-lhe perdão, desde já, se a deixar muito confusa, mas eu sou mesmo assim, um poço de dúvidas.

Pergunto eu então: e quem de nós não é? Quem vive de certezas acaba deixando a emoção totalmente pra trás. Está mais que perdoada!

A minha pergunta é sobre amor, ou um não amor, um amor que eu não consigo sentir. Sabe, eu sempre vejo pessoas apaixonadas, fazendo juras, se declarando, sorrindo à toa, reparando em pequenos detalhes de seus amantes e achando-os um máximo por dizer uma palavrinha errada ou certa demais. Eu cresci vendo as minhas amigas se apaixonarem, e descobrir que estavam amando, enquanto eu só conseguia pensar em mim, nos estudo, nas milhares de viagens que pretendo fazer.

Cuidando do seu sucesso futuro. Até aí, compreensível. Somos todos diferentes, e se ninguém ainda te tocou lá no fundo, a fez ficar boba e apaixonada, então relaxe: uma hora aparecerá. Vá por mim.

Elas estavam sempre derretidas por algum menino, e a principio eu também estava, mas só até conquistá-lo, depois perdia a graça entende?!

Completamente. Já fui assim. Depois de um tempo, passei dessa fase.
Eu sempre arrumava uma desculpa e me afastava, dizia que só podíamos ser amigos, ou que eu tinha coisas demais para fazer, ou que eu ia mudar de cidade - e muitas vezes, mudava mesmo, não por eles, claro, mas mudava.

Bom, não cheguei a tanto. Algum medo seu, alguma desilusão forte quando ainda novinha? Puxa, terá que vir alguém que derrube mesmoe ssa fortaleza que você construiu em volta de si para que nenhum sentimento te atinja.

Hoje uso a desculpa de que preciso conhecer 13 países diferentes antes de me apaixonar. É infantil, eu sei, mas ao dizer isso espero que eles entendam e se afastem por si só, sem que eu precise me esforçar demais, e magoá-los mais.

Acontece que, geralmente, homens adoram desafios. E bingo: eles podem se motivam justo por você se fazer tão inatingível. Cuidado, mocinha!

Às vezes fico pensando se não tenho nenhum problema, se não sou meio psicopata. Mas não, eu não posso ser, amo o meu pai mais do que a mim mesma, tenho poucas mas ótimas amigas, adoro os meus avós e toda a minha família, então, acho que não posso ser tão fria assim, né?! A ponto de ser psicopata não, eu acho!

Ah, acho que não. Acredito eu que não, guria. Se você tem carinho por pessoas da tua família, e amigos, é só porque o cupido talvez ainda não tenha te flechado. Mas fica como dica minha, tentar se abrir a quem aparece ao invés de se reclusar com medo ou coisa do tipo.

Bom, a questão é que eu não consigo me apaixonar, não por pessoas reais, por personagens de livros sim, o tempo todo, de filmes então nem se fala, mas por pessoas que existem não, não ainda, e às vezes tenho medo de que nunca possa.
Desde já, agradeço a atenção!
Beijos

Felizmente, pessoas são reais. Personagens, que são ou vilões ou bonzinhos, só existem na ficção, nas tramas criadas para deslumbrar as mentes fracas e pequenas de quem assiste, se identifica e tenta copiar comportamentos. Somos reais, de carne, osso, sangue, sentimentos, ideias e percepções. Dê essa chance a si mesma. Quem não arrisca, não sai do lugar. Há chance de você se machucar, se ferir, claro. Mas quem é que escapa do risco, quando sonha alto? Ainda não conheci.

Quer enviar seu dilema, pergunta, ou desabafo também? Mande para dessagoncamailto:dessagoncalves_@hotmail.com, bonitinho, bem esclarecido e bem pontuado, que a chance de aparecer aqui dobra.