quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Complexo de Marilyn Monroe



Curioso, mas dos meus quase cem (ôuié!) seguirdores, posso dizer que me conhecem pessoalmente, ou já viram fotos minhas, apenas dez por cento de todo esse pessoal. Não que eu queira me esconder, até porque essa fase para mim já passou. Meu nome tá aí, e quem quiser procurar no orkut, twitter, ou google, a tarefa tá super facilitada..Mas é bem verdade que, desde que me aficionei em divulgar o blog, e escrever textos e escritos interessantes, prefiro muito mais buscar o apoio de fora, de quem não me conhece, do que divulgar nos meus perfis próprios. Explico.
A imagem hoje em dia é (quase) tudo. E julgamos pela aparência. Não adianta mentir, e muito menos fugir disso. Talvez fosse assim há épocas atrás, mas nem nascida eu era, e acho que o boom foi se intensificando mesmo com a tal globalização. Ok. O meu complexo nasce daí, sempre me julgaram muito mais pelo que me guia, pelo automóvel  corpo que divago pelas ruas, escadarias e lombas, do que pelo meu intelecto. Peno toda vez que preciso conquistar alguma coisa. Jé cheguei até a ter medo de me jogar e arriscar, porque eu sabia que mais na frente a pessoa parava de ter atenção integral no meu papo legal, na minha intelectualidade e no meu lado cult, e se iniciava então uma fase carnal. E que não voltava à etapa de descobrimento, de florescimento. E logo, a flor do que era uma nova perspectiva morria. Eu deixava murchar mesmo, até porque flor de plástico não embeleza quase nada. Vê se de longe que é uma imitação barata e que não satisfaz de ponto algum. Tanto visualmente, quanto no tato. Sem falar ainda, no perfume. Péssima escolha decorativa!
Li esses dias um texto meio biografado sobre a mulher mais sexy de todos os tempos, sem discussão e chance para Angelina Jolie, Marilyn Monroe. Difícil ficar inerte à tanta beleza e sensualidade, ainda assim leve, e intensa. Atualmente, a única hollywoodiana que vejo com um pouquinho do brilho da little bombshell é Scarlett Johansson. Opinão minha que já avaliei, e não está aberta à discussão. Enfim, a frase mais tocante, foi a seguinte: "Estão mais interessados no meu corpo do que na minha alma". E tocou, profundo e eu fiz aquela carinha débil de quem mesmo não sendo visto, trasmite: sei do que você está falando.
Já assisti há alguns documentários sobre a musa, sobretudo a um no GNT muito bom, o qual recomendo, e pelo perfil de Marilyn, é fácil saber porque ela escondia o gênio inventivo e a personalidade forte por trás de tanta delicadeza e beleza. Era uma mulher confusa, insegura, mesmo se relacionando com homens
de menor atrativos físicos, e que muitas vezes à violentaram, à fizeram muito mal, ou simplismente, menosprezaram. Queria ter um filho, e o aborto lhe foi imposto. Tinha idéias próprias para sua carreira, às quais ninguém lhe dava credibilidade e força. Morreu de tanta infelicidade, desgosto e auto-medicação.
Tudo muito triste. Sobretudo, a parte da descrença e menosprezo. Nunca viram que ali poderia sim, ter uma pessoa que se estimulada, seria culta e teria opiniões maravilhosas, idéias diversificadas.
Não tenho um terço do brilho de Marilyn, mas sofro em partes, deste mal. Ralo para descobrirem fundo a minha personalidade, faço manobras inacreditáveis para deixar de ser apenas um rostinho bonito, e sim alguém de verdade, que estaria ali em qualquer momento, e que poderia colorir dias, desenhar novas manhãs, rabiscar um trajeto completamento louco e invaidecido de orquídeas, lírios e gerânios. Embarcando nas minhas aventuras, mais uma à bordo e pra história, acho que desta vez desencalha, agora desentoa! Rezo todos os dias, e faço boas ações. Vai que vinga, oras.. E depois de tudo mostrado e recolocado, a alma do outro na palma das mãos, a decisão minha, de continuar seja o que for, e permanecer do lado apenas de quem não tem medo de se aproximar da minha cara de metida, ou da minha pose aparentemente, arrogante. Quem não conhece o tenebroso, o belo não merece. Fica a dica!